Oito dias após a sua libertação, o filantropo e empresário Rizwan Adatia, que havia sido sequestrado no passado dia 30 de Abril, recebeu os profissionais da comunicação social para contar alguns detalhes do que passou no cativeiro.
Na sua primeira intervenção, Adatia começou por dizer que nunca lhe passou pela cabeça que pudesse ser vítima do novo tipo de crime que criou uma nova classe de “burgueses” no país. Sobre o seu sequestro contou que, no dia do crime (30 de Abril) ele acabava de deixar um dos seus escritórios, denominado “Matola Jumbo” e terá sido interceptado por duas viaturas, quando se comunicava ao telefone. Segundo disse, as duas viaturas cercaram-no e um dos ocupantes, que se encontrava no volante, ordenou que fechasse os olhos antes de ser obrigado a entrar numa das viaturas.
“Quando chegamos no cativeiro, colocaram-me numa casa de banho. Eles diziam que queriam dinheiro e falavam que tinham dívidas por pagar”, contou Adatia, patrono da Fundação que “carrega” o seu nome.
Na sua curta interacção com os jornalistas, a fonte enalteceu o trabalho efectuado pelos agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), pois, não imaginava que ficaria no cativeiro durante “pouco tempo”. A fonte garantiu que, apesar da sua ausência, os seus estabelecimentos comerciais continuaram a funcionar normalmente.
Já a Fundação Rizwan Adatia afirmou que, nos próximos dias, 10 mil famílias das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane serão apoiadas com diversos produtos alimentares tudo porque certos irmãos regressaram da vizinha África do Sul sem condições devido à pandemia da Covid-19.
Leonardo Simbine, porta-voz do SERNIC, assegurou que as investigações continuam em curso, com vista a descobrir as pessoas que estão por detrás do acto macabro. (O.O.)