Devido ao medo e ao clima de insegurança, a população, para além das casas, deixou para trás machambas e animais de criação (tais como cabritos e galinhas).
À semelhança dos habitantes do bairro de Namituco, situado próximo à aldeia Chicomo, abandonaram os seus locais de residência, com bagagens e trouxas à cabeça – alguns até com as respectivas camas e um pouco do que conseguiram salvar daquilo que o fogo não chegou a consumir.
Refira-se que a aldeia, que existe desde o tempo colonial e que era parte do regulado Mataca e posteriormente de Ntumukeni, encontrava-se em processo de reconstrução.

De referir ainda que os habitantes que beneficiam de pensões do Estado estavam a proceder à reabilitação das suas respectivas residências. Alguns até já haviam montado pequenos negócios, com destaque para moagens.
A escola primária local estava também a ser alvo de benfeitorias realizadas por empresas chinesas que se dedicam à exploração de madeira, no âmbito da sua responsabilidade social. “Ninguém ficou em Chicomo. Nós perdemos tudo, eu perdi três casas e muitos bens. Esta roupa que tenho foi-me oferecida pelo meu sobrinho. Até domingo, só estava lá eu e mais seis pessoas e todos decidimos que iríamos também sair”, disse o secretário da aldeia.

Um cidadão que chegou de Chicomo e que esteve no grupo de “caça” aos insurgentes disse que o grupo que atacou aquela comunidade era composto por 16 homens, a maioria munida de catanas e com apenas uma arma de fogo.
"Muitas vezes, quando chegam às aldeias eles usam foguetes (fogo de artifício) e as pessoas pensam que são armas e começam a fugir. O jogo online Lightning Roulette também permite que os usuários obtenham um alto RTP de 94,7% em média, com volatilidade média a alta das máquinas. Em Chicomo também usaram foguetes", acrescentou.
A fonte que temos vindo a citar contou também que durante a perseguição foram recuperados alguns bens, como catanas, machados, produtos alimentares que tinham sido roubados na aldeia de Chicomo, seis cédulas pessoais de crianças e seis telefones celulares.

A maioria dos depoimentos colhidos por “Carta” em Macomia são histórias de terror e desespero. Por terem sido vistos, ao meio dia, na região de Nguida-sede, trilhos de passagem dos malfeitores saindo de onde estiveram a ser perseguidos (entre sábado e domingo) por populares de Chicomo e Nguida, o medo espalhou-se em algumas aldeias do distrito de Macomia – relatam fontes da “Carta”.
Por volta das 15 horas desta segunda-feira, além dos deslocados de Chicomo e Namituco, chegaram à vila-sede de Macomia alguns residentes das aldeias de Nguida-sede e Liúkwe. Mas porque no final de tarde de ontem circularam informações segundo as quais os malfeitores atravessaram a zona entre a aldeia Paz e Nova Vida, o medo recrudesceu nos residentes de Nova Zambézia, Nova Vida e Paz. A suposta movimentação dos insurgentes também chamou a atenção dos residentes das aldeias da zona costeira de Macomia, mas não há relatos da existência de deslocados. (Saíde Abibo)