Depois de um período de aparente acalmia ao longo da Estrada Nacional Número um (EN1), eis que um autocarro de transporte interprovincial, em que seguiam 50 pessoas de Maputo a Quelimane, foi atacado na manhã desta segunda-feira no troço Inchope-Gorongosa. No ataque, não houve registo de perdas humanas, apenas de quatro feridos, que se encontram a receber tratamento no Hospital Provincial de Chimoio.
À imprensa, Alfredo Simões, motorista do autocarro, disse que apenas ouviu “tiros e gritos” de passageiros no carro. “Quando me apercebi que eram tiros, acelerei o carro até chegar no centro de saúde distrital da Gorongosa. Tive três passageiros feridos, ficaram com balas no corpo e eu também fiquei com estilhaços na cabeça e no traseiro”, explicou a fonte.
Uma das vítimas, de nome Marta António, contou aos jornalistas, em Chimoio: “perto de Púnguè para Gorongosa começaram a atacar todo o lado, esquerda e direita, não estava a perceber bem, só de repente senti aqui no braço entrou bala”.
O Hospital Provincial de Chimoio, em Manica, confirmou a entrada de quatro pacientes, vítimas de arma de fogo, porém, “neste momento estão fora de perigo”. Entretanto, o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique ainda não se pronunciou, prometendo fazê-lo nos próximos dias.
Este é o terceiro ataque que ocorre ao longo das EN1 e EN6 nos últimos dias, tendo dois se registado na semana passada. Entretanto, Mariano Nhongo em entrevista a alguns órgãos de comunicação assumiu a autoria dos ataques tendo como justificação o facto de seus homens estarem a ser perseguidos e sequestrados pelas Forças de Defesa e Segurança nas províncias da zona centro. (Carta)