A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) afirma ainda não ter encontrado, a nível nacional, sequer uma lata de sardinha das referências tidas como contaminadas. A informação foi partilhada, esta terça-feira, em Maputo, pelo Inspector da INAE, Verónio Duvanio, que garantiu já terem sido recolhidas aproximadamente vinte mil (20.000) unidades de enlatados da Pilchards, das 12 marcas suspeitas para análises laboratoriais.
“Estamos, neste momento, a fazer trabalhos junto das unidades económicas para ver se encontramos os dois lotes com deficiência, que são ZST29 e ZSC29 de 400 gramas, que tiveram deficiência no acto do enchimento”, afirmou.
Em relação ao destino que será dado ao produto cativado, a INAE diz aguardar os resultados laboratoriais para dar destino às sardinhas. “O que estiver conforme volta às unidades comerciais e o que não estiver vai à destruição”, assegurou.
Entretanto, Duvanio explicou que, neste momento, as Alfândegas continuam com as actividades de controlo nas principais fronteiras do país à procura dos lotes referenciados.
Segundo a directora do Instituto Nacional de Inspecção de Pescado (INIP), Lúcia Sumbana, todos os importadores do pescado devem solicitar sempre nas delegações provinciais do INIP a licença sanitária de importação e quando o produto chegar no país devem informar também para que se façam análises laboratoriais, de modo a saber se o produto é próprio para o consumo ou não.
Por seu turno, o Técnico Nacional de Saúde Pública, Calton Lençol, referiu que o sector de saúde continua a fazer a vigilância, embora da avaliação de risco feita se tenha concluído que “o risco de saúde das sardinhas contaminadas é baixo”.
No seu habitual briefing semanal, a INAE revelou ainda que, durante a semana passada, fiscalizou 3.194 unidades económicas, onde foram destruídas diversas quantidades de produtos mal conservados e fora do prazo, avaliados em 34.223 Mts.
Ainda no mesmo período, a INAE diz ter recebido 13 reclamações e cinco denúncias, prontamente resolvidas; e que foram suspensas as actividades a quatro estabelecimentos comerciais, sendo um na província de Maputo por licença indevida de actividade e três na cidade de Maputo: um supermercado na Avenida do Trabalho e duas unidades fabris no bairro de Chamaculo (uma que fabricava sacos plásticos e outra produzia sumos, yogurtes e gelinhos em péssimas condições higiene). (Marta Afonso)