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quinta-feira, 19 dezembro 2019 05:51

Vale e Mitsui conformadas com o fim da concessão da CDN no Porto de Nacala

A concessão do Porto de Nacala ao Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) vence a 10 de Janeiro de 2020 e as duas gigantes da sociedade (a Vale Moçambique e a japonesa Mitsui) parece estarem conformadas. Elas dizem que vão agora dedicar-se apenas ao seu “core business”: escoamento de carvão a partir de Tete.

 

Em Comunicado de Imprensa, recebido ontem na nossa redacção, o CDN explica que a não renovação do contrato teve a ver com a necessidade de o Governo reavaliar a estratégia de gestão e exploração das baías ao redor do Porto de Nacala, face ao seu potencial e oportunidades para o desenvolvimento.

 

“Com a não continuidade da gestão do Porto de Nacala, há necessidade das empresas do corredor convergirem os esforços no negócio principal, que é o escoamento e embarque de carvão, a partir de Tete até ao porto multiusuário de Nacala-à-velha, e alavancar a potencialidade do transporte ferroviário da carga geral”, explica na nota o PCA das empresas do Corredor Logístico de Nacala.

 

De acordo com o comunicado, o posicionamento irá permitir ao Corredor aumentar o volume, a eficiência e a eficácia na logística ferroviária de carga geral, bem como potenciar o negócio principal e manter o seu compromisso de continuar a investir para o desenvolvimento das comunidades ao longo do Corredor de Nacala.

 

“Até 2018, o CDN-Porto contribuiu em mais de 58,4 milhões de USD, em impostos, para o Estado moçambicano. Investiu cerca de 20 milhões de USD na aquisição de equipamentos portuários, para além de 11 milhões de USD em custos indirectos no aluguer de equipamentos”, destaca a nota.

 

O Contrato de Concessão para a exploração do Porto de Nacala pelo CDN iniciou a 10 de Janeiro de 2005, à luz da política de transportes, aprovada pela resolução 5/96 de 2 de Abril, que preconiza, entre outros, a participação do capital privado na reabilitação, exploração e gestão das infra-estruturas e serviços ferro-portuários. A vencer o contato entre o Governo e o CDN, a gestão do Porto de Nacala ficará a cargo da empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique. (Evaristo Chilingue)

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