Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

terça-feira, 22 outubro 2019 05:34

Comissão Política da Renamo determina não aceitação dos resultados eleitorais

O maior partido da oposição esteve, esta segunda-feira, em Maputo, reunido em Sessão Extraordinária. O encontro, de apenas um dia, tinha na agenda ponto único: analisar as VI Eleições Gerais, desde a campanha eleitoral até à votação, que teve lugar na passada terça-feira, 15 de Outubro.

 

Tratou-se da II Sessão da Comissão Política Nacional, alargada aos delegados políticos provinciais e outros quadros na cidade de Maputo. Depois de pouco mais de seis horas de discussão à porta fechada, o mais alto órgão do partido emitiu um posicionamento final apresentado, na ocasião, pelo Presidente do partido, Ossufo Momade.

 

 

O órgão apresentou, essencialmente, seis pontos centrais. Do rol pontificam a não aceitação e reconhecimento dos resultados saídos da votação de 15 de Outubro devido às insanáveis irregularidades. Como tal que o Presidente da República venha a público explicar a proveniência dos boletins de voto encontrados na posso dos membros da Frelimo bem como a quem servem as Forças de Defesa e Segurança e, por último, que os órgãos eleitorais esclareçam, igualmente, a circulação de boletins de votos fora do circuito dos órgãos responsáveis pela gestão dos processos eleitorais no país. 

 

A Comissão Política Nacional exigiu, também, a libertação imediata e incondicional de todos os membros da Renamo arbitrariamente detidos ao longo do processo eleitoral e encetar diligências junto da sociedade moçambicana e da comunidade internacional de modo a encontrar soluções para a reposição da verdade eleitoral.

 

No que respeita às anomalias registadas no processo que influenciaram o processo no seu todo, Ossufo Momade destacou, por exemplo, a exclusão de eleitores em algumas províncias e a fabricação de eleitores noutras; a violência, restrição de uso dos espaços públicos e assassinato de activistas e membros da oposição, isto durante a campanha eleitoral, a recusa de credenciação de delegados de candidaturas dos partidos políticos bem como a credenciação de observadores independentes e credíveis. (Carta)

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