Na sua locução, Balate afirmou que, em Março último, antes do Recenseamento Eleitoral, o INE forneceu, ao STAE, dados que deviam ser usados para o processo. Aliás, a fonte revela que, a 24 de Maio, efectou uma chamada telefónica para o Director-Geral do STAE, Felisberto Naife, mas este não atendeu. Naife só viria a atender a chamada de Balate no dia seguinte, após uma nova ligação deste para confirmar se tinha ou recebido os dados finais do INE, no intuito de fazer uma comparação com os resultados do Recenseamento Eleitoral.

Por essa razão, o Director Nacional dos Censos e Inquéritos diz que não cabe ao INE justificar os dados do recenseamento eleitoral em Gaza, mas sim ao STAE ou a CNE que podem ter usado métodos diferentes do INE.

Para Balate, “todos os sectores existentes no país usam as estatísticas feitas pelo INE porque é a instituição oficial para a produção de estatísticas, pelo que, os nossos dados são fiáveis, facto que, foi oficializado no passado dia 29 de Abril (data da publicação dos resultados finais do Censo de 2017)”.

Detalhando os dados do Recenseamento Geral da População e Habitação de 2017, o INE afirma que a taxa de omissão foi de 3,8 por cento, sendo a província de Niassa a mais afectada com 3,5 por cento. A província de Gaza, por sua vez, teve uma taxa de 2,5 por cento de omissão. Por isso, Balate pede para que a sociedade não exija explicações sobre o processo de Recenseamento Eleitoral ao INE, pois, o que a instituição produziu é público e sabido por todos.

Em jeito de respostas aos que desacreditam o trabalho da instituição, incluindo membros séniores do partido no poder, Arão Balate esclareceu que as estatísticas efectuadas pelo INE seguem padrões científicos aprovados internacionalmente, pelo que, “tudo aquilo que foi falha, foi reconhecido pela organização, aquando da divulgação dos resultados do Censo”.

Por essa razão, o INE espera que o STAE venha, publicamente, explicar o que terá acontecido, em Gaza, porque a situação “ultrapassa todas as projecções científicas e demográficas”. (Omardine Omar)