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terça-feira, 27 novembro 2018 03:40

Focos de insurgência chegam ao Niassa

Um guarda do palácio da governadora do Niassa, Francisca Tomás, morreu na noite da última sexta-feira num ataque protagonizado por homens armados contra um camião na zona do rio Ruassa, que faz a fronteira entre as províncias do Niassa e Cabo Delgado. O ataque, que está a ser relacionado com a “insurgência” em Cabo Delgado e não com simples banditismo, ocorreu já à entrada da província de Cabo Delgado, precisamente no distrito de Balama. “Carta” soube que o camião transportava mercadoria do Niassa e seguia com destino à cidade de Pemba. O veículo foi atingido depois de atravessar o rio ao longo da mata em direção a vila de Balama.

 

Este é o primeiro caso do género reportado mais próximo do Niassa, desde que começaram a ocorrer os ataques de “insurgentes” que têm perturbado a população de Cabo Delgado. A administradora de Marrupa, Angelina  Nguirazi, disse-se preocupada com a situação pelo facto de o distrito fazer fronteira com Cabo Delgado. No Niassa há já uma inquietação das autoridades sobre a possibilidade do alastramento dos ataques àquela província. Há relatos de jovens recrutados lá para integram já as fileiras dos “jihadistas” que operaram em Cabo Delgado.

 

A governadora Francisca Tomás já apareceu manifestando sua preocupação. Fontes da “Carta” citam Francisca Tomás como tendo dito recentemente em comícios com as gentes de Majune e Mavago que “jovens do Niassa estão a morrer em Cabo Delgado”. Soubemos que para desencorajar que jovens se juntem aos insurgentes radicais, campanhas de educação cívica, compreendendo palestras e outras formas de persuasão decorrem nos distritos de Mecula e Marrupa. Estes relatos foram recolhidos em entrevistas com altas patentes das Forças Armadas e quadros superiores do Ministério da Defesa Nacional, que se encontram reunidos em Conselho Coordenador, em Maputo. (G.S.) яндекс

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