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quarta-feira, 29 janeiro 2025 18:59

MISA desafia FDS a investigar e esclarecer desaparecimento de Arlindo Chissale

jornalistaArlindoChissale min

O MISA Moçambique solicitou, esta quarta-feira, aos Ministérios da Defesa e do Interior, esclarecimentos sobre o desaparecimento do jornalista e activista social Arlindo Chissale, supostamente sequestrado por membros das FDS (Forças de Defesa e Segurança), na noite do dia 07 de Janeiro de 2024, na zona de Silva Macua, província de Cabo Delgado.

 

De acordo com uma nota de imprensa enviada esta tarde pela organização, o MISA exige, com máxima urgência, uma investigação independente e a consequente responsabilização dos agentes envolvidos no caso.

 

A organização, que se dedica à defesa das liberdades de imprensa e expressão, pede ainda aos Ministérios do Interior e da Defesa Nacional para garantirem que os agentes envolvidos nos actos contra Chissale cessem as suas funções e “os agentes da corporação, no geral, se abstenham imediatamente de qualquer forma de violência e brutalidade policial contra jornalistas de modo a assegurar que a liberdade de imprensa não seja restringida”.

 

O MISA Moçambique reitera a sua preocupação com o crescente ambiente hostil contra os profissionais de comunicação social no país e insta o Estado “a reforçar o seu compromisso com os princípios democráticos, assegurando a proteção daqueles que exercem o dever de informar”.

 

Refira-se que, até ao momento, não se conhece o paradeiro de Arlindo Chissale, fazendo com que a família acredite que o seu ente querido esteja morto. De acordo com os dados prestadas por membros da família, Chissale foi raptado por membros das FDS, quando saía da cidade de Pemba (Cabo Delgado) com destino à cidade de Nacala-Porto (Nampula).

 

Este não é o primeiro caso do desaparecimento misterioso de um jornalista, na província de Cabo Delgado, atribuído às FDS. Em Abril de 2020, foi reportado o desaparecimento do jornalista Ibrahimo Mbaruco, no distrito de Palma, supostamente raptado por membros das Forças Armadas. Até hoje, não se conhece o paradeiro de Mbaruco e o caso foi arquivado pelo Ministério Público. (Carta)

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