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sexta-feira, 06 dezembro 2024 06:46

Eleições 2024: Sete pessoas baleadas mortalmente pela PRM em Nampula

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) baleou mortalmente, esta quinta-feira (05), sete pessoas na localidade de Namina, no distrito de Mecubúri, província de Nampula, no decurso das manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, em repúdio contra os resultados eleitorais.

 

A província de Nampula, à semelhança de outras regiões do país, foi esta quinta-feira epicentro de manifestações que culminaram com a invasão do campo da Kenmare, a interrupção da estrada Ribáuè/Cidade de Nampula e queima de sedes da Frelimo.

 

O segundo dia das manifestações, dos oito programados pelo candidato presidencial apoiado pelo partido Podemos, Venâncio Mondlane, foi marcado por actos de vandalismo e invasão ao campo da empresa que explora areias pesadas na mina, localizada na localidade de Topuito, no distrito de Larde, em Nampula.

 

Para além de actos de vandalismo, "Carta" apurou que foi bloqueada a circulação nas vias de acesso à empresa Kenmare, incluindo a destruição de vários bens da empresa e a interrupção completa das actividades.

 

Os trabalhadores foram evacuados de emergência e alguns sequer conseguiram desembarcar na aeronave da empresa, depois de a população ter tomado controlo da pista privada da empresa. Os manifestantes destruíram um posto policial ainda em construção e interromperam o processo de exames na escola secundária de Topuito.

 

Já pela manhã, o trânsito no troço que liga a cidade de Nampula ao distrito de Ribáuè foi interrompido, comprometendo a circulação de viaturas ao longo da rodovia. Foram horas de longas filas de veículos, tudo porque um grupo de manifestantes colocou barricadas e queimou pneus e outros materiais em Namigonha. Na mesma localidade, um número ainda não especificado de viaturas e a sede do partido Frelimo foram incendiados.

 

No distrito de Muecate, a sede do partido Frelimo também foi destruída e os alunos da escola secundária local foram forçados a abandonar a realização dos exames. Mas os danos não pararam por aí. Outros manifestantes no distrito de Larde queimaram as instalações do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). (Carta)

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