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sexta-feira, 27 setembro 2024 03:09

Treze agentes da Polícia constituídos arguidos por morte de um indivíduo nas celas da PRM na Beira

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) constituiu 13 arguidos, todos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), suspeitos de envolvimento na morte, na semana passada, do cidadão Tomás Evaristo, enquanto estava sob custódia nas celas da PRM, na cidade da Beira.

 

Segundo o porta-voz da PGR ao nível da província de Sofala, Joaquim Tomo, o grupo foi constituído arguido no dia 20 de Setembro, acusado de homicídio qualificado. Entre os arguidos estão o comandante, o oficial de permanência, o adjunto de oficial de permanência, além de outros patrulheiros afectos à segunda esquadra, localizada na Ponta Gêa.

 

O magistrado do Ministério Público explicou que o número de arguidos pode aumentar, visto que o processo de homicídio qualificado ainda está aberto e, neste momento, encontra-se na fase de instrução criminal. "Por enquanto, são 13 arguidos, sendo que o processo está em andamento. No contexto da investigação, também já foram ouvidas as pessoas que estavam na cela onde ocorreu o óbito do cidadão", afirmou Tomo.

 

A fonte esclareceu também que os resultados apurados pelo Ministério Público indicam que o indivíduo perdeu a vida na noite de 13 de Setembro, a caminho do hospital.

 

No entanto, as agressões que levaram à sua morte ocorreram nas celas da segunda esquadra. Contrariamente à versão policial, Tomo afirmou que o cidadão não foi detido em estado debilitado, como inicialmente relatado pela polícia.

 

Recorde-se que o relatório da medicina legal do Hospital Central da Beira (HCB) apontou como causas da morte queimaduras de segundo grau, múltiplos hematomas e traumas causados por objectos contundentes, além de lesões provocadas por líquido fervente.

 

Na ocasião, o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofala, Dércio Chacate, declarou que Tomás Evaristo foi dado como morto no Hospital Central da Beira, após ter sido transportado ainda com vida, mas em estado de extrema debilidade. "Quando foi detido, o suspeito já apresentava sinais de fraqueza e, por isso, foi levado para receber cuidados médicos nos dias 11 e 12 de Setembro, num centro de saúde local. No entanto, no dia 13, sem apresentar melhoras, foi encaminhado pela polícia ao HCB, onde acabou por falecer", frisou Chacate.

 

Além disso, Chacate detalhou que Tomás Evaristo fazia parte de uma quadrilha composta por seis membros, acusada de diversos crimes graves, incluindo roubos, extorsão a empresários locais, furtos agravados e agressões físicas.

 

Actualmente, dois membros da quadrilha permanecem detidos nas celas da 2ª Esquadra da PRM, enquanto as autoridades continuam a trabalhar para capturar os outros elementos do grupo. (M. Afonso)

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