Serviços públicos, com destaque para saúde, foram encerrados de emergência por volta das 10h00 desta segunda-feira (05), nas sedes de Quissanga e Bilibiza, província de Cabo Delgado, devido à circulação de terroristas nas suas imediações.
Fontes avançaram à "Carta" que dois grupos de terroristas estiveram durante três horas nas aldeias Nacoba e Mussomero, esta última a cerca de seis quilómetros da sede do distrito de Quissanga, situação que causou medo por parte dos residentes, incluindo os e da sede distrital.
"Quando a informação chegou, de imediato, os serviços pararam e as pessoas começaram a sair. O médico e outros colegas que saíam de Pemba também foram obrigados a regressar depois de terem sido informados da presença dos insurgentes em Mussomero. Em Bilibiza também não se trabalhou quando tomaram conhecimento", disse um técnico de Saúde afecto àquele distrito.
Uma outra fonte descreveu que, durante a sua estadia em Mussomero, os terroristas fortemente armados não protagonizaram nenhum acto de violência, mas informaram a população para avisar as forças estatais que apenas estavam de passagem e não pretendiam entrar em confrontação.
"Eles não fizeram mal, mas a população estava com medo. Na primeira vez, na semana antepassada, também foi assim mesmo", explicou Mariamo Saide, afirmando que por volta das 12h00 abandonaram a aldeia, dirigindo-se a um local até aqui desconhecido.
Devido à presença dos terroristas, a circulação de viaturas nos troços Quissanga/Cruzamento de 19 de Outubro e Quissanga/cidade de Pemba foi interrompida pelo menos durante o período em que os malfeitores escalaram Nacoba e Mussomero. As embarcações também suspenderam as suas operações.
"Carta" soube que os terroristas tinham capturado um professor em exercício na Escola Primária Completa de Mahate-sede, que mais tarde veio a ser liberto. (Carta)