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quarta-feira, 20 dezembro 2023 16:05

“O Estado da Nação é: Moçambique criou bases sólidas para crescer nos anos que se seguem” – Filipe Nyusi

Mais um Informe sobre o Estado Geral da Nação e mais uma avaliação poética do país: “o Estado da Nação, no final de 2023, é: Moçambique criou bases sólidas para crescer nos anos que se seguem como um país competitivo, sustentável e inclusivo”. Esta foi a forma encontrada pelo Presidente da República para, mais uma vez, avaliar a situação geral do país sem, no entanto, dizer se a mesma é ou não satisfatória.

 

Num discurso proferido na manhã e início da tarde de hoje, na Assembleia da República, Filipe Jacinto Nyusi exortou aos moçambicanos a trabalharem para desenvolver o país nos anos que se seguirem à sua governação, pelo facto de já ter criado bases para o efeito. “Vamos trabalhar, nos anos que se seguem”, disse o Chefe de Estado, no final do seu discurso de quase três horas.

 

Nyusi chegou a esta conclusão após analisar, por um lado, as palavras que proferira no seu primeiro Informe sobre o Estado Geral da Nação, em Dezembro de 2015, e, por outro, a solidez demonstrada pelas instituições democráticas em 2023.

 

Em 2015, citou ele, disse: “a árvore que plantamos hoje leva o seu tempo para produzir frutos, mas esta é nossa escolha. Esta escolha exige coragem e exige verdade”. Na altura, lembrou, disse que ainda não estava satisfeito com o Estado da Nação.

 

Já em Dezembro de 2023, entende o Presidente da República, as instituições se revelaram sólidas e indispensáveis para o engrandecimento da democracia moçambicana e consolidação do Estado de Direito, “factores insubstituíveis para a reconciliação nacional”.

 

“Foi o reafirmar de cada instituição, que valorizou o debate sobre que decisão deve merecer um determinado questionamento e quem a deve tomar. É assim como se processa o crescimento do nosso sistema da justiça”, afirmou, sublinhando que o ano prestes a findar ficou marcado por desafios, “mas o nosso povo mostrou que somos uma nação forte e resiliente”.

 

Referir que o discurso do Chefe de Estado foi marcado por actos de sabotagem, protagonizados pela Renamo em protesto aos resultados eleitorais de 11 de Outubro, que deram vitória à Frelimo em 56 autarquias, das 65 existentes. Lembre-se que a Renamo ganhou em quatro autarquias (dadas pelo Conselho Constitucional) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDMD) em uma. Há ainda quatro autarquias que tiveram de repetir o escrutínio devido à fraude. (A. Maolela)

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