O projecto da Central Termoeléctrica Flutuante de Maputo volta para a segunda reunião de consulta pública no próximo dia 19 de Dezembro. O empreendimento será desenvolvido pela Karpower Global DMCC (Karpowership) em parceria com a Electricidade de Moçambique (EDM), e visa à instalação e operacionalização de uma Central Termoeléctrica Flutuante de Produção de Energia com uma capacidade instalada de 415 MW.
O projecto inclui uma Linha de Transmissão de Energia com cerca de 4.0 km que liga a Central à subestação de 275KV da Matola e um gasoduto de 3 km conectado a partir da Central Térmica de Maputo (CTM) para transferir gás natural para a Central Flutuante localizada no Estuário do Espírito Santo, no Porto de Maputo.
No âmbito da primeira consulta pública, que decorreu em Novembro do ano passado, o Director Técnico da Impacto (empresa de estudos ambientais), John Hahon, teria dito que, caso o projecto fosse implementado, os potenciais impactos seriam de fuga ou derrame de óleos, incêndios e explosões e colisões com outros navios.
Por sua vez, o vice-presidente da Associação dos Produtores e Comerciantes de Sal, Garcez Narcy, disse que, com a implantação desta Central Termoeléctrica, oito salineiras localizadas na Matola podem estar à beira de um enceramento devido ao impacto ambiental. As salinas empregam mais de 100 trabalhadores e produzem sal para cerca de três milhões de moçambicanos.
Na ocasião, os representantes da Karpowership garantiram que iriam prosseguir com os estudos e se necessário iriam compensar as comunidades que podem vir a perder as suas culturas.
O projecto estará operacional por pelo menos três anos e a Central Térmica Flutuante vai utilizar como fonte de combustível o gás natural proveniente da Central Térmica de Maputo (CTM) via gasoduto ENH – KOGAS. Até aqui ainda não foi divulgado o orçamento de todo o projecto. (M.A)