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segunda-feira, 21 agosto 2023 06:15

Agressões entre membros da Frelimo e do MDM obrigam a intervenção policial na Beira

mdm frelimo beira violencia min

Simpatizantes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) envolveram-se em agressões na Beira, no 116.º aniversário da elevação à categoria de cidade, o que provocou dois feridos, incluindo um polícia.

 

Não foram apontados motivos concretos para as agressões entre os apoiantes dos dois partidos (a Frelimo está no poder no país e o MDM lidera o município da Beira), que ocorreram durante a cerimónia do aniversário e num período que já é de pré-campanha para as sextas eleições autárquicas, previstas para 11 de outubro.

 

"Assistimos a derramamento de sangue, violência e pancadaria. Esta não é a nossa cultura", afirmou o presidente do município da Beira, Albano Carige, que chegou a intervir para tentar acalmar os ânimos - aparentemente numa disputa pelos primeiros lugares do evento -, mas sem sucesso.

 

As agressões mútuas resultaram em dois feridos ligeiros, incluindo um agente da polícia que tentava restabelecer a ordem após os confrontos.

 

Foram mobilizados agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e da Polícia Municipal, além de brigadas cinotécnicas.

 

O MDM responsabilizou a Frelimo pelo episódio, que acabou por condicionar totalmente as celebrações deste dia, por entre paus, pedras e outros objetos arremessados por ambos os grupos.

 

Ao discursar, o autarca da Beira condenou o sucedido e pediu desculpas às várias personalidades presentes, como o governador de Sofala, Lourenço Bulha, e a secretária de Estado para aquela província, Stella Zeca, que é também a candidata da Frelimo à Beira.

 

"A bandeira do MDM é de cor branca, de paz. Acabei quebrando o protocolo e fui pedir ao comandante distrital da PRM da Beira para que parasse de orientar os autocarros que desfilavam, em direção aos munícipes”, disse Albano Carige.

 

O autarca afirmou que os 116 anos de elevação da Beira a categoria de cidade não significam velhice, mas sim endurecimento da musculatura para continuar com a resiliência.

 

Mais de 11.500 candidatos, de 10 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos, foram provisoriamente admitidos pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana às autárquicas de 11 de outubro.

 

Mais de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos estão inscritos para votar nas sextas eleições autárquicas, abaixo da projeção inicial, de 9,8 milhões de votantes, segundo dados da CNE.

 

Os eleitores moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas, incluindo em 12 novas autarquias, que se juntam a 53 já existentes.

 

Nas eleições autárquicas de 2018, a Frelimo venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove - casos da Renamo, com oito, e do MDM, terceiro partido, com uma.(Lusa)

 

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