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sexta-feira, 21 julho 2023 05:12

Faruco Sadique é novo Secretário-Geral do Sindicato Nacional de Jornalistas

Faruco Sadique

Depois de ter dirigido as empresas públicas Rádio Moçambique (RM) e Televisão de Moçambique (TVM), como Presidente do Conselho de Administração, Faruco Sadique assume agora as funções de líder sindical da principal organização que congrega os jornalistas do país, o Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ).

 

Sadique foi eleito ontem, em Mafambisse, distrito de Dondo, província de Sofala, como o novo Secretário-Geral do SNJ, em substituição de Eduardo Constantino, que liderava a organização há 19 anos, dos quais 10 ilegalmente.

 

O novo Secretário-Geral do SNJ suplantou a concorrência de Delfina Mugabe, tendo vencido o escrutínio com 36 votos contra 29 de Delfina Mugabe, antiga jornalista da Sociedade do Notícias e membro do elenco liderado por Eduardo Constantino. Aliás, o vencedor só foi encontrado na segunda volta do escrutínio, pois, na primeira, Delfina Mugabe somou 30 votos, contra 29 de Faruco Sadique e 6 de Alexandre Chiúre.

 

Numa lista dominada por jornalistas da chamada “velha guarda” e pertencentes aos órgãos de comunicação social do sector público, Faruco Sadique promete “resgatar e recolocar” o SNJ no seu “verdadeiro lugar, trazendo de volta os membros ao seu Sindicato”.

 

Sadique, considerado fruto da actual Direcção do Gabinete de Informação (GABINFO), defende, no seu manifesto, que a organização se transformou, nos últimos anos, numa entidade estranha aos próprios jornalistas, pelo que estes “se revêem cada vez menos no seu próprio Sindicato”.

 

O novo Secretário-Geral do SNJ, que liderou a RM por cinco anos e a TVM por três anos, propõe-se também a identificar e implementar formas de interessar os jovens jornalistas a filiarem-se na organização, visto que estes desconhecem a existência, competências e atribuições do SNJ, “actuando muitas vezes ao arrepio das mais elementares regras éticas e deontológicas da profissão”.

 

“O grosso dos jornalistas moçambicanos deixou praticamente de pagar as suas quotas, à excepção dos que trabalham para órgãos de comunicação social maioritariamente públicos ou participados pelo Estado, os quais são directamente descontados nos seus salários”, defende o candidato, para quem é necessário “implementar um sistema transparente de prestação de contas dos recursos financeiros e patrimoniais do SNJ, bem como das suas actividades”.

 

Das 13 propostas de acções apresentadas no manifesto de Faruco Sadique, destaca-se também a aceleração do projecto da Carteira Profissional do Jornalista, em discussão há mais de 10 anos, mas que nunca saiu do papel.

 

Refira-se que, em entrevista concedida à “Carta”, semana finda, Faruco Sadique assegurou que a sua primeira acção será a transformação do SNJ numa organização em que os membros se revejam. (Carta)

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