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segunda-feira, 19 junho 2023 06:16

Bancos moçambicanos são os que mais lucraram em 2022 na SADC

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Os bancos comerciais que operam em Moçambique continuaram a ser os mais lucrativos em 2022 se comparados com os dos restantes países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). Em Dezembro último, o resultado líquido das instituições bancárias nacionais, depois de impostos, atingiu o valor de 28,5 mil milhões de Meticais, o que traduz um aumento de 16,13% em relação ao período homólogo do ano anterior. Os activos totais da banca em 2022 cresceram 5%, situando-se em 852 mil milhões de Meticais, 72.6% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Os dados constam do Relatório de Estabilidade Financeira (2022) publicado há dias pelo Banco de Moçambique. De um modo geral, o Relatório refere que os principais indicadores de rendibilidade do sector bancário registaram valores relativamente superiores aos observados no período homólogo do ano passado. Especificamente, o documento aponta que a rendibilidade do activo (ROA) fixou-se em 3,42% (3,10% em Dezembro de 2021) e a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) registou o valor de 27,29% (25,15% em Dezembro de 2021). 

 

“O peso da margem financeira no produto bancário subiu de 64,08% para 68,49%, realçando a importância da intermediação financeira para a geração dos resultados. O rácio custo-benefício situou-se em 53,84% (53,75% em Dezembro de 2021), registando um ligeiro aumento de 0,1 pp face a Dezembro de 2021, o que indicia uma ligeira redução da eficiência bancária”, lê-se no informe.

 

O nível de rendibilidade do sector bancário nacional, medido pelo ROE, mostrou-se superior à maioria dos países da África Austral, com excepção da Zâmbia, com ROE estimado em 30.6%. Nesses termos, o ROE do Malawi é de 25.4%, Botswana 18.4%, África do Sul, 13.6%, Namíbia, 13.4%, Maurícias, 11.2% e E-swatini com ROE de 7.6%.

 

Por causa da rendibilidade entre outros motivos, o Banco Central refere que o sector bancário se manteve em 2022 sólido e resiliente durante o período em análise, com crescimento de resultados e níveis adequados de capitalização e liquidez, apesar do índice do crédito em incumprimento que se situou em 8,97%, acima do benchmark convencional de 5,0%. (Carta)

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