O ranking da terceira edição do ITSE coloca a Kenmare como a empresa mais transparente, com 93 pontos, dos 100 possíveis; seguida pela SASOL com 60 pontos; e pela Haiyu Mozambique Mining Company, que ocupa a terceira posição, com 43 pontos. A empresa menos transparente foi a Vulcan Resources, que não obteve nenhum ponto.
Na segunda edição do ITSE (2020/2021), a análise do CIP concluiu que a Highland African Mining Company Lda. tinha sido a menos transparente, com 1 ponto, enquanto a Kenmare, Vale Moçambique e Sasol tinham ocupado as três primeiras posições, com 79, 69 e 58 pontos, respectivamente.
De acordo com o relatório, das 21 empresas avaliadas, 13 não disponibilizaram informações fiscais para consulta pública, fazendo com que a classificação global fosse de 4 pontos, de 30 possíveis, representando um nível de transparência de 13%.
Fazem parte desta lista a TotalEnergies; ROMPCO (que transporta gás natural de Inhambane à África do Sul); Matola Gas Company; Capitol Resources, Lda.; Highland African Mining Company, Lda.; Twigg Exploration & Mining, Lda.; Minas Revuboè Lda.; Minas Moatize Lda.; Buzi Hydrocarbons; ICVL Zambeze; Vulcan Resources; Exxonmobile; e Eurasian Natural Resources Mozambique, Lda.
“A empresa melhor classificada é a Kenmare Resources plc, com 27 pontos, seguida da CMH [Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos], com 18 pontos, e da SASOL, com 16 pontos”, sublinha o CIP.
No tocante ao indicador da transparência da Governação Corporativa, o destaque vai igualmente para Kenmare Resources plc, com 21 pontos, seguida da ENH e da SASOL, com 16 pontos cada. Em geral, neste indicador, as empresas apresentam uma média de transparência de 7 pontos, dos 25 possíveis.
“As empresas menos transparentes nesta componente, que não disponibilizam qualquer informação, são a Vulcan Resources, Buzi Hydrocarbons e Capitol Resources, Lda.”, diz o relatório.
No sub-indicador do Conteúdo Local, das 21 empresas avaliadas, apenas seis disponibilizaram alguma informação sobre os seus programas de conteúdo local, nomeadamente a ExxonMobil; Highland African Mining Company, Lda.; Haiyu Mozambique Mining Company; ENH; SASOL Petroleum Temane; e Kenmare Resources plc.
“Este grupo, de forma isolada, pode ser considerado com um nível de transparência Média, uma vez que obteve 52% da pontuação atribuída”, explica o documento, destacando, porém, o facto de a ExxonMobile, por exemplo, dispor, no seu website, de um link para o registo das empresas nacionais, mas sem prestar qualquer informação sobre o número de empresas envolvidas; os montantes envolvidos para as iniciativas com o conteúdo local; e empresas envolvidas.
Por sua vez, a transparência social das empresas obteve uma média de 6 pontos, dos 25 possíveis, o que representa uma transparência em 24%. A empresa melhor classificada nesta componente é a Kenmare Resources plc, com 25 pontos, seguida da SASOL, com 23 e da Montepuez Ruby Mining, com 19 pontos.
As empresas menos transparentes, segundo o CIP, que não disponibilizam qualquer informação, são ENI; ROMPCO; Minas Revuboè Lda.; Matola Gas Company; Minas Moatize Lda.; Vulcan Resources; Buzi Hydrocarbons; e Capitol Resources, Lda.
Já na transparência ambiental, as empresas apresentam uma transparência média de 3 pontos, dos 20 possíveis. A empresa melhor classificada é a Kenmare Resources plc, com 20 pontos, seguida da Haiyu Mozambique Mining Company e da TotalEnergies, ambas com 10 pontos.
As empresas menos transparentes, de acordo com o relatório, são a CMH; ENH; Jindal África; Highland African Mining Company, Lda.; Eurasian Natural Resources, Lda.; ENI; ICVL Zambeze; ROMPCO; Minas Revuboè Lda.; MGC; Minas Moatize Lda.; Vulcan Resources; Buzi Hydrocarbons; e Capitol Resources, Lda.
Refira-se que o relatório realça o facto de os grandes intervenientes da bacia do Rovuma, de onde se esperam enormes receitas da exploração do gás natural, não constarem das posições cimeiras da avaliação. Sublinhe-se ainda que o Índice não mede a acessibilidade da informação; a recepção e nem a compreensão da informação pelo público; e muito menos a percepção da corrupção. (Abílio Maolela)