O Instituto Nacional de Saúde avisa que é preciso manter o alerta, reforçar a prevenção e a vacinação para evitar que Moçambique seja surpreendido por novas subidas dos casos da COVID-19. O país vive uma subida ligeira do número de casos activos, como consequência da mobilidade durante a quadra festiva.
Há tempos em que os casos da COVID-19 deixaram de ser alarmantes no país, no entanto, os últimos 30 dias foram caracterizados por um aumento ligeiro do número dos casos testados e activos.
A título de exemplo, de 5 de Dezembro a 6 de Janeiro, o número de casos activos subiu de 124 para 276 – um aumento de 152 casos.
Os casos activos duplicaram, mas o Instituto Nacional de Saúde tranquiliza que os dados não são preocupantes, quando comparados com os números de igual período do ano passado.
“Ainda não há uma consistência em relação ao aumento de casos a nível provincial. Isso significa que devemos continuar a monitorar por mais dias, mais tempo, para avaliar se existe alguma consistência. No entanto, embora não haja consistência a nível provincial, este aumento, discreto, é motivo de alerta”, disse Eduardo Samo Gudo, director-adjunto do Instituto Nacional de Saúde, citado pelo “O Pais”.
A nível mundial, embora as vagas tenham cessado, a China vive o maior surto desde a eclosão da pandemia, e a Organização Mundial da Saúde já se mostrou preocupada com a situação. Eduardo Samo Gudo diz que ainda não é hora de aplicar medidas restritivas.
A variante XXB, que circula na China, também está presente em Moçambique, entretanto, isso não é motivo de preocupação.
O INS esclarece ainda que nenhuma destas três variantes actualmente em circulação no mundo está associada à doença grave ou à redução no desempenho dos testes. (Carta)