Em causa está o atraso salarial de meses de Novembro e Dezembro, que a autarquia ainda não havia pago até esta quarta-feira aos 613 funcionários. Alguns deles decidiram abster-se de atendimento aos utentes, ao ter paralisado as actividades e se concentrado a frente das instalações, exigindo o pagamento dos salários, incluindo o décimo terceiro.
Parte de funcionários remeteu, na tarde da última terça-feira, uma advertência ao Conselho Municipal sobre a paralisação das actividades, mas o assunto não chegou a ser apreciado pelo presidente Raul Novinte, que por sinal se encontra de férias.
Numa tentativa para acalmar os ânimos, o director do gabinete de Comunicação e Imagem na autarquia de Nacala-Porto, Arlindo Severiano Chissale, foi recebido com violência e o diálogo não aconteceu.
Arlindo Chissale considera a manifestação ter sido "obra" de alguns funcionários fiéis ao partido FRELIMO, mas reconheceu que os atrasos salariais vêm desde o ano passado.
Segundo ele, o facto deve-se ao aumento do número de funcionários com a recente inclusão no quadro do pessoal de cerca 100 polícias camarários, promoção e progressão de outros, elevando a despesa financeira de 8.5 milhões meticais na gestão do anterior edil para 13.3 milhões actualmente.
Entretanto, o Porta-voz do Conselho Municipal de Nacala-Porto promete que os salários em atraso serão pagos dentro de duas semanas. (Carta)