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Três funcionários do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação e Finanças (CEDSIF) e proprietário de uma empresa, cujo nome e área de actuação não foram revelados, encontram-se detidos desde o dia 7 de Dezembro último, acusados de ter urdido um esquema que culminou com o rombo de mais de 5.9 milhões de Meticais dos cofres do Estado.
De acordo com uma nota de imprensa emitida na tarde desta quarta-feira pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), os três funcionários do CEDSIF, em conluio com o proprietário da empresa contratada pela instituição, atestaram o recebimento do objecto do contrato, sem que, no entanto, o fornecedor tivesse prestado o que se propunha.
Em concreto, explica o GCCC, os quatro comparsas “fabricaram um documento, assinando-o em como o equipamento tivesse dado entrada nos armazéns do CEDSIF, o que se mostrava falso”. O comunicado daquele órgão do Ministério Público não avança, no entanto, o objecto do contrato e nem a data da ocorrência dos factos.
Segundo o GCCC, o esquema foi descoberto na sequência de uma sindicância interna, realizada pelo CEDSIF e, posteriormente, comunicada à instituição, que tratou de instaurar um processo criminal, registado sob nº 21/114/P/GCCC/2022, do qual foram constituídos cinco arguidos, de entre eles, quatro pessoas singulares (funcionários e o empresário) e uma colectiva (a empresa).
No seu comunicado, o GCCC refere que pesam sobre os cinco arguidos fortes suspeitas de prática dos crimes de corrupção passiva para acto ilícito; corrupção activa; abuso de cargo ou função; peculato; participação económica em negócio; e uso de documento falso.
Refira-se que este não é o primeiro caso de rombo a ser registado no CEDSIF. Entre Janeiro de 2016 e Janeiro de 2020, a instituição sofreu um roubo de 155 milhões de Meticais, sendo que os implicados foram condenados a 11 e 10 anos de prisão, em Outubro de 2020. Em 2015, o CEDSIF sofreu um roubo de 15 milhões de Meticais. Em 2018, voltou a sofrer um saque de perto de 5 milhões de Meticais. (Carta)
