A Empresa Gemrock, de capitais indianos, disse esta segunda-feira que é fundamental o apoio do governo, através de companhias do exército ou de forças especiais para proteger o seu pessoal e seus bens em Ancuabe, com vista à retoma das operações de exploração de rubis, em minas próximas do distrito de Montepuez, em Cabo Delgado.
Em comunicado de imprensa, a Gemrock, que acaba de investir dois mil milhões de meticais nas suas operações em Moçambique, defende que a demora na retoma das operações afecta directa e indirectamente os trabalhadores expatriados da Índia, África do Sul, Reino Unido e os habitantes da região envolvidos na mineração dos rubis.
"A situação tem sido ainda exacerbada pelo facto de aldeias próximas, que eram uma comunidade em crescimento e tinham mais membros da família empregados pela Gemrock, se terem retirado das suas aldeias e procurado reassentar-se em áreas seguras e que podem nunca regressar mais às suas casas", lê-se no documento, assinado por Mark Blessing Jamo, Director da Gemrock, empresa com 90% da mão-de-obra local.
No comunicado, a Gemrock confirma ter igualmente perdido milhões de dólares devido à destruição dos seus equipamentos pelos terroristas e refere que a Montepuez Ruby Mining e a Fura, outras empresas de mineração de rubi, também estão paralisadas.
A Gemrock reitera que os accionistas e a direcção estão bastante preocupados com a situação no terreno e gostaria de contar com o apoio do governo para repor a segurança na área concessionada para que possa retomar as suas operações. (Carta)