O ataque ocorreu na passada terça-feira (28) e resultou em mortos e feridos por parte das Forças de Defesa e Segurança, cujo número ainda não é conhecido. Os atacantes também se apoderaram de diverso armamento com respectivas munições. De acordo com fontes locais, não se sabe ao certo a hora do ataque, mas as forças moçambicanas foram apanhadas de surpresa e não conseguiram reagir.
Não é a primeira vez que as FDS são atacadas na mesma posição. No passado mês de Abril, por exemplo, a mesma posição tinha sido atacada e dois militares perderam a vida. Em Nangade, residentes testemunharam um carro da polícia (Mahindra) a entrar no Centro de Saúde local com pelo menos dois feridos.
No entanto, na sua publicação desta quinta-feira, o Zitamar refere que o ataque à aldeia Mandimba, o segundo em menos de três meses, resultou na morte de quatro elementos da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), sendo um deles o comandante. Mandimba localiza-se a cerca de 30 quilómetros da sede do distrito de Nangade.
Entretanto, a população que ainda se encontra à volta da vila-sede de Nangade queixa-se de estar a passar fome nos últimos dias, uma vez que não pode regressar às suas casas por temer ataques.
E na Vila de Macomia, alguns elementos das FDS são campeões de álcool
Na noite da última terça-feira (28), depois de longas sessões de consumo de álcool, elementos das Forças de Defesa e Segurança, posicionadas na vila sede, dispararam várias vezes das 22 às zero horas, deixando a população em pânico. Aliás, conforme contaram as nossas fontes, algumas pessoas já se tinham refugiado nas matas.
No meio dessa situação, há quem se aproveitou para roubar em casa alheia. Na sequência, foram reportados pelo menos dois casos de roubo de bens, no bairro Nanga B, depois das famílias se retirarem em consequência do tiroteio. A situação aconteceu no mesmo dia em que duas viaturas foram emboscadas ao longo da EN 380. (Carta)