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A Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Nampula, negou esta segunda-feira ter havido ataque terrorista em uma aldeia do distrito de Memba, mas admitiu haver uma instabilidade sobre uma possível ameaça dos terroristas.
O porta-voz da Polícia, Zacarias Nacute, afirmou que os casos de vandalismo em algumas barracas de uma das aldeias do Posto Administrativo de Lúrio não podem ser associados aos terroristas, indicando que foi isso que criou pânico na população. No entanto, avançou que a PRM está a trabalhar para esclarecer o sucedido.
Na última sexta-feira, um grupo armado e encapuçado, à semelhança dos terroristas que actuam em Cabo Delgado, atacou uma região do posto administrativo de Lúrio, distrito de Memba, na região costeira de Nampula. De acordo com algumas fontes, os terroristas saíram de Cabo Delgado e passaram sucessivamente pelos distritos de Ancuabe, Chiúre e Mecufe, e cruzaram o Rio Lúrio e atacaram uma aldeia do Posto Administrativo de Lúrio, marcando o primeiro ataque à província de Nampula.
Numa operação rápida, os terroristas mataram a tiro duas pessoas do sexo masculino e partiram o braço de um homem, para além de queimar as palhotas da população, e depois regressaram a Cabo Delgado, atravessando o rio Lúrio, pelo qual usaram para entrar ao distrito de Memba.
Vários estudos sobre a insurgência indicam que algumas pessoas da província de Nampula fazem parte do grupo terrorista e já haviam alertado sobre a possibilidade da expansão dos ataques terroristas. Pouco depois de deixar o distrito de Memba, os terroristas queimaram palhotas e uma igreja, na zona de Muripa, distrito de Chiúre. (Carta)
