Em causa está um processo de prova de vida realizado em princípios do presente ano nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), num contexto em que um número significativo de militares tombou e outros desertaram em diferentes missões nos últimos anos.
Aliado a esta situação, investigações internas indicaram que havia vários funcionários fantasmas que estavam a ser pagos salários indevidamente ou alguns quadros seniores que estavam a beneficiar-se dos valores em questão.
Visando identificar os envolvidos e estancar o esquema, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Joaquim Mangrasse, instruiu a todos os militares que realizassem prova de vida, o que veio a acontecer.
Entretanto, com o processo concluído, iniciou, há dias, o pagamento dos salários do mês de Abril, mas para o espanto da maioria dos militares que fizeram prova de vida, até ao passado dia 28 do mês passado, os saldos de muitos militares ainda continuavam na mesma. O caso acabou criando uma onda de descontentamento, conforme adiantaram fontes militares que contactaram a nossa reportagem.
Refira-se que desde a sua chegada, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o Almirante Joaquim Mangrasse, tem implementado mudanças em diferentes sectores, como é o caso de envio de responsáveis de departamentos ou sectores para casa, enquanto aguardam novas instruções. Há ainda transferência de quadros para regiões onde os mesmos vão apenas "treinar e comer.”
As reformas têm sido saudadas por uns e criticadas por outros, alegando algumas decisões têm sido tomadas sem a auscultação dos departamentos internos, com especial destaque para o departamento jurídico e o financeiro. (O.O.)