Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Guilherme Tamele

Guilherme Tamele

Guilherme Tamele

Na minha terra há duas classes sociais, a plebe - o povo, e os aristocratas - os burgueses vampiros. A primeira é composta por míseros mortais que vivem expectantes na utopia de um futuro melhor prometido pelos neocolonialistas, que é a segunda classe; Essa segunda classe é composta por imortais encantadores dos distraídos, que se valem da sua épica história de bravura que excomungara o colono do nosso solo pátrio, pérola do Índico, autrora, província ultra-marina. Pecou a elite libertadora, quando deixou a sua bravura, prevaricar a tal ponto de não ser brava suficiente, para expulsar o colono com o respectivo colonialismo, como já foi referido pelo Kubaliwa. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e as coisas, e essa bravura, não resistiu a coerência deste adágio, ao se transformar, de bravura patriótica em Neocolonialismo.

 

Desde que Kubaliwa se foi, anda uma lufa-lufa aqui que não se entende, inesgotáveis rumores, um deles é de que ele se foi, mais deixou os tomates, porque entendera que a sua missão não tinha chegado ao fim  ainda. Algumas línguas dizem que o Nuvunga se apoderou desses tomates, mas cá entre nós, isso não passa de calúnia e difamação dos seus detratores, pois dentre o povo, ninguém consegue ser ameaça maior, ou seja, calcanhar de aquilis para os vampiros que ele. Prova bastante de que os que ele tem são funcionais e lhe conferem arcabouço suficiente, para enfrentar um Sistema encorporado numa governação criminosa. A ser verdade que Nuvunga tenha se apoderado dos tomates, seria por mera ostentação e vaidade. Outras línguas, e não poucas, dizem que os tomates andam ai espalhados entre os jovens, daí esse prenúncio de movimentos primaveris revolucionários, essa irreverência no confroto ao Establishment político por parte deles. Por incrível que possa parecer, há quem diga que viu os tomates com as manas Mambire e Quitéra, pode uma coisa dessas? Ahhh..porque sem tomates ninguém teria a ousadia que elas tem. Mas cá por mim, se elas precisassem de tomates comprariam no supermercado.

 

O outro rumor é de que o advogado do Sistema, EV, quando tomou conhecimento do fatídico sucedido com o Herói do Povo, o que foi parido de novo e nomeado Edson Mandela, o filho da mãe para os políticos,  correu até a casa enlutada, como que para dar as condolências, ludibriou os presentes agoniados entre choros e prantos, e de forma subtil arrancou-os na mesma subtileza com que a Dalila arrancou os cabelos de Sansão, pois neles estava a força que o tornava diferenciado entre os homens. Em posse dos mesmos, foi barganha-los, por uma garrafa de Dom Barril. Ganha azo esta narrativa, por ele ser sobejamente conhecido como fã confesso do vinho.

 

Seja quem for que tenha se apoderado desses místicos tomates, não muito valor agregará seja sociedade civil, assim como a classe política, mais do que agregaria Ossufo Momade, se tivessem caído nas suas mãos. Uma prova inequívoca, de que  o líder da segunda força política, carece desses tomates, é o facto de que desde que começou o seu consulado na perdiz, os Vampiros estão mais sanguinolentos, e vivem sugando o sangue do povo como nunca antes, e nada lhes acontece, até as eleições Distritais que foi um combinado legislado, não mais se vão cumprir, e tudo acontece sob um olhar impávido e sereno do leniente chefe, que muito pouco de lider têm, e de toda cúpula de uma pséudo-oposição, factor inflamatório dos abusos do regime, que mesmo ouvindo o brado de clamor do povo pelas vias de acesso, eis que lhe oferece Portagens.

 

Para essa crueldade, criaram a fraudulenta REVIMO, que para nada serve, se não para agravar a carestias de vida aqui no país de Pandza, e Novunga, no pleno exercício da sua cidadania, faz mais oposição ao regime do que toda oposição junta, sem querer descurar o trabalho assinalável que tem sido desenvolvido pelo Mondlane, o Venâncio, que é deveras um político cientista, que em cada intervenção sua, alarma a mamã Bias e reduz a insignificância a gang da camaradagem.

 

Me admira a ousadia dos vampiros, capturaram a pérola do indico, mudaram a ordem natural do estado do direito, multiplicaram os viventes de Gaza, criaram os postos de Recenseamentos nos domicílios dos Camaradas em exclusivo para Camaradas, levantaram um pseudo-sacerdote na comissão, tal como fará o anti-cristo, para lhe branquear as trambiquices. Assim o poder não mais Emanará do Povo, e no dia do voto, o povo irá as urnas por mera formalidade, pois, para se perpetuarem no poder, bastar-lhes-á a “Benção do sacerdote”, o voto dos camaradas, e do povo parido matematicamente em Gaza.

 

É esperançoso ver um povo sonâmbulo, dar sinais de estar desperto, pois aquele que descobriu as mentiras da verdade, disseminou a sua descoberta, e o povo anémico não mais ingenuamente se oferecerá por sustento aos vampiros. A Coisa é tão sinistra que até as mamanas que viviam expectantes da época eleitoral, para venderem a alma por uma capulana estampanda com o rosto do sanguinolento Drácula, ousam a olha-lo, olho no olho e dize-lo com toda contundência “¹A ntiro wa wena e matximba”.

 

Essa coisa de estado de direito democrático, tornou-se numa utopia, a semelhança das ideologias Marxistas Leninista, que infelizmente de algum modo, sempre fundamentaram a condução do nosso estado, muito por conta da génese do partido do governo do dia. São desculpáveis os nossos lideres por isso, ninguém tinha esperimentado algo melhor ou diferente, para puder entender que essas teorias esquerdistas filosóficas da escola de Frankfurt, só tem involucro apetecível, e nada de proveitoso capaz de potenciar o desenvolvimento social, político, económico efectivo de uma nação.

 

Do que vivi nesta vida, já mais esperaria ver, nem no meu mais terrível pesadelo, o júbilo e os aplausos efusivos dos “subalternos” camaradas, quando o chefe máximo, foi anunciar na casa do povo, o não pagamento do 13º. Como que um vampiro diante de um barril de sangue, assim foi a celebração dos avermelhados representantes do povo, arregimentados pelo povo, mas que vivem prestando vassalagem ao executivo, mesmo quando este anuncia uma desgraça para o povo. Nunca fez tanto sentido o dito pelo Kubaliwa "...Não querem saber de ti, não querem saber de ti, vampiros, os vampiros...!"

 

Disse mais, que ele era da geração dos que primeiro perdiam a vida e só depois a esperança. Deveras é preciso muita esperança para não desfalecer num lugar onde a ditadura do voto é que rege o legislativo, onde os tentáculos do executivo alcançam e subjugam o judiciário, tornando-o num baluarte dos seus intentos maquiavélicos.

 

Portanto, não sendo de Noronha, mas lhe fazendo a vez, digo não a África, mas a terra do Pandza, Surge et Ámbula!