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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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Sinopse do livro:

 

Um professor decide abandonar a vila de Mutaratu e a sua categoria de funcionário de Estado para tentar a sorte numa outra região projectada para ser o El Dorado do seu país. Reclama da estagnação na carreira, perseguição dos colegas que impedem a sua filha de ingressar no ensino primário, falta de reconhecimento dos políticos, a quem serviu ao longo de vários anos.

 

Entretanto, entre a expectativa e a realidade vai uma longa distância. A sua família é desafiada pelas circunstâncias a filiar-se aos Peregrinos da Sobrevivência, enquanto a promessa de emprego do amigo e deputado Foraz dos Anjos, tarda a concretizar-se.

 

Francisco Panguana Jr. desafia o leitor a uma digressão pelas páginas desta conversa, onde a inveja, a intriga e o conflito armado são cartões de visita, num campo narrativo onde a esperança cumpre o seu dever de ser a última a morrer, enquanto o sonho de Chico Albuquerque palpitar.

 

(24 de Setembro, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)

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Indivíduos desconhecidos desenterraram o corpo de uma adolescente de 17 anos, sepultado no dia anterior na cidade da Beira, província de Sofala e posteriormente mantiveram relações sexuais com o cadáver e depois o abandonaram com as pernas abertas e coberto com uma capulana.

 

O caso foi descoberto nas primeiras horas da última sexta-feira, quando um dos coveiros do cemitério Chamba 1, no bairro de Inhamizua, deparou-se com um cenário assustador e ficou surpreso porque foi ele quem preparou o local onde o corpo foi enterrado.

 

No local, com a campa aberta e o caixão vazio, o coveiro ligou para o pai da adolescente e pediu que fosse ao cemitério com muita urgência. Já no local, o pai e a comunidade ficaram chocados com a situação, registada num cemitério privado, onde a cerimónia de enterro tinha acontecido normalmente.

 

O pai da falecida mostrou-se chocado e questionou o motivo que levou essas pessoas a cometerem este acto macabro. “Que mal eu fiz para essas pessoas fazerem isso com a minha filha que já está morta e ainda é violada? Eu só queria enterrar a minha filha para ela ficar em paz, que maldade eu fiz?”.

 

Refira-se que a adolescente teve uma morte súbita depois de muito tempo a sofrer de asma. O corpo da adolescente foi enterrado na última quinta-feira e nas primeiras horas da sexta-feira foi encontrado morta. (Carta)

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Uma nova pesquisa do Centro de Integridade Pública (CIP) aponta a empresa de mineração Haiyu Mozambique Mining, localizada no distrito de Angoche, Nampula, como responsável por crimes ambientais que afectam gravemente as comunidades locais.

 

O estudo, realizado entre Março e Setembro de 2024 e lançado na passada sexta-feira (20) na cidade de Nampula, evidencia impactos sociais, económicos e ambientais negativos decorrentes das actividades de exploração de areias pesadas.

 

O CIP alerta que essa actividade está a intensificar desigualdades sociais e a aumentar a pobreza nas regiões afectadas. Mery Rodrigues, pesquisadora do CIP, destacou que a empresa não respondeu a solicitações de esclarecimento sobre os danos ambientais observados, como o plantio de casuarinas, que prejudica o desenvolvimento de outras espécies nativas.

 

O director do CIP, Edson Cortez, enfatizou que os problemas sócio-económicos e ambientais decorrentes da mineração de areias pesadas não se limitam a Angoche, mas se estendem a várias províncias do país.

 

Cortez criticou a falta de fiscalização eficaz das autoridades e a ausência de transparência nas operações das empresas, apontando que as comunidades frequentemente ficam sem informações sobre os impactos da mineração.

 

Em resposta às acusações, um responsável da Haiyu Mining, Juyi Li, afirmou que as questões levantadas foram resolvidas desde 2017 e que a empresa está comprometida com a recuperação das áreas degradadas.

 

Segundo Li, a comunicação com as comunidades locais é constante e a pesquisa do CIP é baseada em dados desactualizados. (Carta)

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As eleições em Moçambique estão marcadas para 9 de Outubro e a oposição avança que não vai tolerar o tipo de fraude do ano passado. A Frelimo conta com um candidato relativamente jovem, o partido PODEMOS apoia o independente Venâncio Mondlane, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) está esperançoso e a Renamo não pretende permanecer na oposição para sempre.

 

Essa é a disputa quádrupla pelo cargo mais alto enquanto Moçambique caminha para eleições presidenciais e legislativas de 9 de Outubro. As eleições locais do ano passado foram repletas de controvérsias e fraudes eleitorais, levadas aos tribunais.

 

Este ano houve receios adicionais de que a Renamo, que só foi reintegrada à sociedade sob o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR). No entanto, o seu líder, Ossufo Momade optou por permanecer na corrente dominante. Ele concorre contra o candidato independente Venâncio Mondlane, Lutero Simango do MDM e Daniel Chapo da Frelimo de 47 anos de idade, que nasceu dois anos após a independência de Portugal.

 

Momade diz que desta vez a oposição não vai tolerar fraude eleitoral

 

“Quando vamos às eleições, eles (Frelimo) provocam fraudes, e desta vez (2024), se provocarem fraudes, se não concordarem comigo, terão de concordar com a população moçambicana. Não vou aceitar fraudes, porque não nascemos para fazer oposição, também queremos governar", disse num comício em Cabo Delgado no início deste mês.

 

Cabo Delgado é uma província volátil, rica em gás e a parte mais subdesenvolvida do país. Relatos em Moçambique dizem que o Presidente Filipe Nyusi e Ossufo Momade realizaram uma série de reuniões este mês, nas quais houve a garantia de eleições livres e justas. Chapo, ex-governador da província de Inhambane, está aproveitando a história revolucionária do partido.

 

Depois de vencer as internas, ele foi acompanhado pelo Presidente Filipe Nyusi por toda a região, onde se encontrou com chefes de Estado que têm laços estreitos com Maputo. Em junho e julho, a dupla Chapo-Nyusi se encontrou com o presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, Paul Kagame do Ruanda e João Lourenço de Angola, o líder do único país de língua portuguesa no sul da África.

 

Há cerca de uma semana, agora sozinho no comando da sua campanha, Chapo fez uma visita de cortesia ao presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, em Pretória. Chapo considerou a reunião proveitosa e "alinhada com o projecto de levar Moçambique adiante".

 

Chapo também está trazendo grandes nomes do cenário nacional A ex-primeira-dama de Moçambique e também da África do Sul, Graça Machel, apoiou a candidatura de Chapo. Numa mensagem de vídeo partilhada em Moçambique, Graça Machel disse: "Camarada Chapo, és o meu candidato. És o candidato de toda a família Machel, não só por seres o candidato do Partido Frelimo, mas sobretudo, porque nos identificamos com a forma como estás a renovar o contrato com o povo."

 

Graça foi esposa de Samora Machel, o presidente fundador de Moçambique. Ele morreu num acidente aéreo em Mbuzini, na África do Sul, em 19 de Outubro de 1986. O filho de Samora Machel, também conhecido por Samora Machel Júnior "Samito", também expressou o seu apoio a Chapo.

 

Há cerca de duas semanas, Chapo levou a sua campanha para Malehice, distrito de Limpopo, na província de Gaza. É a área de residência do ex-presidente Joaquim Chissano. Chissano compareceu ao comício e pediu ao povo que "votasse no Chapo e o apoiasse porque ser presidente não é fácil".

 

Venâncio Mondlane, um dos candidatos presidenciais aposta em acabar com a corrupção e negociar melhores acordos com investidores internacionais. Durante um comício em Angónia, na parte norte da província de Tete, Mondlane disse: "Esta tentativa de vender Moçambique acabou, e estou aqui para dizer àqueles que desejam vender o país."

 

Ele acrescentou que o conflito em Cabo Delgado se deve à falha do governo em resolver as queixas locais e garantir contratos comerciais sólidos. O MDM, uma dissidência da Renamo, era amplamente visto como o segundo maior partido político antes da chegada da Renamo à política civil'.

 

Durante uma série de comícios em Malema e Ribaué, na província de Nampula, Lutero Simango disse que, se fosse eleito, o seu partido colocaria a criação de empregos no centro de seu governo. Todos os candidatos culpam os 49 anos da governação da FRELIMO pelos problemas do país.

 

Em 2022, o país foi atormentado pelo escândalo dos títulos do atum que levou o ex-ministro das finanças Manuel Chang a ser extraditado da África do Sul para os Estados Unidos da América para enfrentar acusações de corrupção.

 

Segundo estatísticas oficiais, mais de 17 milhões de eleitores foram registados para votar, incluindo 333.839 na diáspora. (News24)

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Quando faltam 13 dias para o fim da campanha eleitoral rumo às VII Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) e IV Provinciais, o eleitorado vai-se ressentindo da ausência de algumas figuras proeminentes das principais formações políticas nas actividades de “caça” ao voto, que termina no próximo dia 06 de Outubro.

 

As ausências, que se notam desde o início da campanha eleitoral, a 24 de Agosto, são visíveis nos três principais partidos políticos do país, nomeadamente, Frelimo, Renamo e MDM (Movimento Democrático de Moçambique), com destaque para indivíduos com posições de gestão partidária ou que já estiveram em cargos similares.

 

Entre os ausentes, o destaque vai para Roque Silva Samuel, ex-Secretário-Geral da Frelimo, que, até ao meio-dia de 05 de Maio, era apontado como possível sucessor de Filipe Jacinto Nyusi na Presidência da República e que viu o sonho ruir ao cair da noite daquele domingo.

 

Desde que a campanha eleitoral arrancou, Roque Silva ainda não foi visto na rua ou em comício popular a pedir votos para o seu partido e muito menos para o candidato Daniel Chapo, a quem o Comité Central da Frelimo depositou confiança após ver seus candidatos preteridos pela direcção do partido.

 

A ausência do antigo número dois do partido no poder (que renunciou ao cargo após perder as eleições internas para Daniel Chapo) nota-se ainda numa altura em que antigos Presidentes da República e do partido (Joaquim Chissano e Armando Guebuza) encontram-se no terreno a pedir votos para o candidato do seu partido.

 

Aliás, Roque Silva está ausente igualmente das plataformas digitais do partido, assim como de Daniel Chapo, onde “pululam” vídeos de Armando Guebuza, Joaquim Chissano, Graça Machel e outros históricos da Frelimo a declarar seu apoio ao ex-Governador de Inhambane.

 

Quem também não foi visto em público a pedir votos pelo seu partido e o respectivo candidato é Elias Dhlakama, irmão do falecido histórico líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Dhlakama, que foi duas vezes derrotado por Ossufo Momade na disputa pela liderança do partido, está ausente da campanha eleitoral, assim como das plataformas digitais do partido e do candidato.

 

Deputado desde 2020, Elias Dhlakama ocupa agora a 15ª posição na lista da província de Sofala, num círculo eleitoral que terá 19 assentos na Assembleia da República, facto que o coloca numa posição delicada. Na companhia de Elias Dhlakama está Alfredo Magumisse, que ainda não foi visto a fazer campanha eleitoral desde 24 de Agosto.

 

Magumisse, lembre-se, foi um dos candidatos derrotados à presidência da Renamo, em Maio, e que, em Junho, denunciou exclusão na composição das listas do partido para a Assembleia da República, facto que irritou a direcção máxima do partido e que lhe deixou isolado da maioria. Ele, por exemplo, é o oitavo na província de Manica, de um total de 16 assentos disponíveis.

 

Já a nível do MDM, o destaque vai para a ausência da Secretária-Geral do partido, Leonor De Souza, que igualmente ainda não foi vista em público a pedir votos para aquela formação política e o seu candidato presidencial, Lutero Simango.

 

Aliás, à semelhança de Clementina Bomba, Secretária-Geral da Renamo, Leonor De Souza pouco tem dado nas vistas desde que foi eleita para o cargo, em Abril de 2022, em substituição de José Domingos, que ocupou o cargo entre 2018 e 2022. Tal como os outros ausentes, Leonor De Souza sequer tem aparecido nas plataformas digitais do partido. Refira-se, aliás, que para além da ausência de Leonor De Souza, são notáveis também as ausências de políticos como Luís Boavida (antigo Secretário-Geral) e Sande Carmona (antigo porta-voz). (Carta)

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A Frelimo voltará a controlar ilegalmente muitas Assembleias de Voto, tendo poder para manipular os resultados. Em muitos locais, os formadores e os Membros das Mesas de Voto (MMV) foram simplesmente seleccionados pela Frelimo, que enviou listas ao STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral).

 

Numa admissão simbólica de que isto está a acontecer, na sexta-feira, o STAE, a nível central, em Maputo, admitiu o problema e cancelou a formação de formadores, em Quelimane, província da Zambézia, programada para esta semana. Em vez disso, serão usados formadores externos.

 

Tarde demais para cancelar a selecção de formadores e MMV para as eleições de 9 de Outubro. Isto significa que muitos, talvez a maioria, dos MMV estão novamente a ser seleccionados e formados pela Frelimo. Isto ocorreu nas eleições autárquicas do ano passado e a lei teve de ser alterada para impedir alguns dos truques da Frelimo, nomeadamente atrasar a contagem ou a escrita dos editais para que os resultados pudessem ser posteriormente alterados em segredo. Mas os formadores da Frelimo explicarão como contornar a nova lei.

 

Como a Frelimo assumiu o controlo

 

Cada Assembleia de Voto tem sete funcionários. Os quatro mais importantes – presidente (dirigente distrital), vice-presidente, secretário e primeiro escrutinador – devem por lei ser apartidários e escolhidos por concurso público. Um de cada um dos três restantes, que não pode ocupar estes cargos de topo, é escolhido pelos partidos no parlamento – Frelimo, Renamo e MDM.

 

Mas ficou claro, ainda no ano passado, que em muitos lugares ninguém foi seleccionado sem ligações com a Frelimo. Alguns foram seleccionados para serem formadores e MMV sem sequer terem sido entrevistados. Isto significa que, em quase todos os distritos, a Assembleia de Voto é politizada e dos sete MMV, cinco são da Frelimo e apenas dois são da oposição.

 

Por se tratar de cargos remunerados, os candidatos excluídos reclamaram. O Boletim CIP Eleições investigou e descobriu que o concurso público tinha sido capturado e substituído pelo envio pela Frelimo de listas aos STAE distritais de professores, directores de escolas, enfermeiros e polícias cujos empregos dependem de serem membros da Frelimo.

 

Em quase todos os distritos, dos sete MMV numa assembleia de voto, cinco serão da Frelimo e apenas dois da oposição. O mesmo aconteceu com os formadores, que também deveriam ser apartidários e seleccionados por concurso aberto, mas agora são nomeados pela Frelimo em listas enviadas ao STAE. O cancelamento da sessão de formação em Quelimane foi o primeiro e único reconhecimento disso.

 

No ano passado, o “CIP Eleições” informou que havia em circulação um folheto impresso listando todos os MMV da cidade da Matola e a sua posição na Frelimo. Numa descarada demonstração de poder, a Frelimo nem sequer tentou manter o segredo. (Joseph Hanlon)

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O candidato presidencial do partido Frelimo tenciona reactivar a Zona Económica Especial e o Parque Industrial de Nacala, com o objectivo de impulsionar o desenvolvimento regional e atrair investimentos. Daniel Chapo afirma que Nampula e Nacala Porto têm condições para se tornarem nas capitais económicas de Moçambique. Chapo defendeu o posicionamento durante a campanha eleitoral na província de Nampula.

 

O candidato presidencial da Frelimo intensificou a caça ao voto no norte do País, com foco em infra-estrutura, saúde e investimentos para os distritos de Nampula, com destaque para Nacala-a-Velha, Monapo, Angoche, Malema e Ribaué.

 

Chapo iniciou a apresentação do manifesto eleitoral em Nacala-a-Velha, onde trabalhou como administrador, tendo levantado a necessidade de melhorar as ligações rodoviárias, especialmente entre Nacala-a-Velha e Memba e de Memba até Alua. Além disso, o candidato prometeu trabalhar na construção de um centro de saúde em Micolene, bem como atrair mais empresas para a região.

 

"Precisamos trazer mais empresas para que os jovens voltem a ter oportunidades de emprego como já vimos aqui no passado. Aqui em Nacala-a-Velha, ainda precisamos de trabalhar para termos centro de saúde em Micolene", avançou Daniel Chapo.

 

Daniel Chapo reafirmou seu compromisso de descentralizar as capitais do país, destacando Cidade de Nampula e Nacala-Porto como potenciais capitais econômicas de Moçambique. Para isso, planeia reativar a Zona Económica Especial e o Parque Industrial de Nacala, impulsionando o desenvolvimento regional e atraindo investimentos para novas fábricas e indústrias, criando empregos para os jovens.

 

Ainda em Nampula, o candidato da Frelimo prometeu concluir as obras do Hospital Geral de Nampula para aliviar a pressão no Hospital Central, que atende pacientes de toda a região norte.

 

Além disso, comprometeu-se a construir mais centros de saúde e escolas secundárias na cidade, visando reduzir o rácio aluno-professor e melhorar as condições de ensino.

 

Chapo também destacou a importância de melhorar as vias de acesso em bairros de expansão como Mutava-Rex e Muhaivire.

 

Já no distrito de Monapo, Chapo assegurou aos eleitores que a estrada Monapo-Mongicual-Angoche seria uma prioridade no seu governo, respondendo às preocupações locais sobre as condições das vias.

 

"A nossa população está preocupada com a estrada que liga Monapo até Angoche, e nós vamos resolver isso", disse Chapo. Em Angoche o candidato prometeu reabrir a fábrica de processamento de castanha de caju, fechada há mais de 20 anos, além de construir uma nova escola secundária no bairro Guri e reabilitar o hospital rural local.

 

“Sabemos que aqui em Angoche a nossa população está preocupada com a reabertura da fábrica de processamento de cajú que está parrada há mais de 20 anos. A nossa população está a preocupada com reabilitação do hospital distrital de Angoche. Precisamos também de construir uma escola secundaria em Guri, o bairro mais famoso de Angoche”, afirmou Chapo.

 

E mais, Chapo também sublinhou a importância de continuar o desenvolvimento do Porto de Pesca de Angoche, visto como crucial para a economia local.

 

O candidato do partido no poder, também, comprometeu-se a trabalhar para garantir financiamento para a construção de um centro de saúde no distrito de Mogovolas.

 

Chapo reafirmou que a Frelimo, sendo o partido que mais conhece os problemas do povo moçambicano, está melhor posicionada para garantir o progresso contínuo do país.

 

"Vamos continuar a resolver os problemas do povo, passo a passo", concluiu, pedindo que os eleitores de Mugovolas depositassem seu voto nele e na Frelimo nas eleições de 9 de outubro.

 

Em Ribáuè, Chapo destacou as realizações da Frelimo na expansão da rede sanitária e de energia elétrica, além de reconhecer as demandas da população, como a reativação da fábrica de descaroçamento de algodão, a Olam e a construção de estradas, pontes e um hospital distrital para evitar transferências de pacientes para Nampula.

 

Nampula  é o maior círculo eleitoral com mais de 3,2 milhões de eleitores, 48 assentos para a Assembleia da República e 103 para Assembleia Provincial.

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Nos últimos anos, a Vodacom Moçambique investiu na melhoria da eficiência energética em todos os seus mercados. O resultado foi a recente obtenção da certificação ISO 50001 para gestão de energia.

 

A ISO 50001 é uma certificação oficial e reconhecida globalmente, atribuída a organizações que demonstram uma gestão de energia de classe mundial, ajudando-as a reduzir o consumo de energia através do desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Energia. Para se qualificar e manter a certificação, as organizações precisam implementar práticas de gestão de energia de forma abrangente, o que inclui estabelecer metas de desempenho energético ao nível da gestão sénior, implementar políticas desenhadas para ajudar a organização a alcançar objectivos mensuráveis e promover a melhoria contínua em termos de eficiência em todas as operações.

 

"Estamos extremamente orgulhosos desta conquista. As alterações climáticas representam um dos maiores desafios da nossa era, especialmente para África e Moçambique. Como uma empresa orientada por um propósito, sabemos que nosso negócio não pode ser feito à custa do planeta e que precisamos agir agora. Alcançar a certificação ISO 50001 é um testemunho do nosso compromisso não só com a sustentabilidade ambiental, mas também com a melhoria contínua do nosso desempenho operacional e financeiro. Estar entre as poucas empresas em Moçambique, e certamente a única no nosso sector, a conseguir esta certificação, coloca-nos numa posição de liderança e responsabilidade”, referiu Simon Karikari, Director Geral da Vodacom.

 

A maioria das empresas certificadas pela ISO 50001 relatam uma redução significativa de energia, com algumas empresas a afirmar poupanças de até 30%. Em ambientes económicos difíceis, mesmo pequenas poupanças de custos podem ter um impacto significativo na eficiência operacional e na resiliência dos negócios, o que é imperativo para as empresas se manterem competitivas e relevantes.

 

Adicionalmente, os benefícios incluem o impacto ambiental. A geração de energia desempenha um papel crítico nas mudanças climáticas, representando cerca de 33% do total de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Isto deve-se em grande parte à dependência global excessiva de combustíveis fósseis como meio de produção, tais como o carvão, o que torna o sector energético e os hábitos de uso de energia uma prioridade para a reforma. Desde a era industrial, as emissões de GEE aumentaram de forma alarmante, em grande parte devido à necessidade crescente de uso de energia.

 

A Vodacom investe em iniciativas de eficiência energética, que incluem a aquisição de equipamentos de rede mais eficientes, a redução da demanda através da instalação de tecnologias de refrigeração de menor potência, e a redução do uso de energia com a desactivação e actualização de equipamentos antigos. O investimento neste programa levou a uma redução de 26% na nossa intensidade energética dos anos fiscais de 2023 para 2024.

 

"Como uma organização que opera em África, estamos profundamente conscientes do impacto das mudanças climáticas nos nossos clientes. Temos visto e sentido o impacto de desastres naturais relacionados com o clima e reconhecemos a necessidade de uma acção sustentada e melhorada para promover mudanças significativas. As iniciativas de eficiência energética são fundamentais para nos ajudar a descarbonizar a sociedade," disse Kees van Peer, CTO da Vodacom, a propósito desta certificação, obtida por todos os mercados onde o grupo opera.(Carta)

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Pelo menos 20 escolas primárias do distrito de Magude, província de Maputo, sul de Moçambique, carecem de água potável para confeccionar o Lanche Escolar, uma iniciativa do projecto intitulado “O Nosso Futuro Brilhante”, financiado pelo Departamento do Estado da Agricultura dos Estados Unidos.

 

O facto consta no relatório de avaliação de prestação de serviços de educação em Magude, sobre a implementação do projecto, documento divulgado quinta-feira (19) naquele distrito, que tem um total de 65 escolas primárias.

 

O relatório, que a AIM teve acesso, adverte também a ausência total de kit de primeiros socorros, spots de aconselhamento em doenças preveníveis e em saúde sexual e reprodutiva, e falta parcial de salas de aulas com cobertura e paredes, bem como indisponibilidade do material para alunos com necessidades educativas especiais.

 

O coordenador da Associação Activa para o Desenvolvimento Comunitário e Social (AADCS), entidade implementadora do projecto em Magude, Lino Ubisse, afirmou que alguns alunos trazem água potável de casa para confeccionar o lanche escolar, devido a falta de água nas escolas.

 

“Há alunos que trazem dois litros de água na escola, juntam e assim para confeccionarem o lanche escolar”, disse a fonte, sublinhando que, após apresentar o relatório, a fase seguinte consiste em elaborar um plano de acção que deverá ser implementado brevemente.

 

Com um orçamento calculado em 3.540.600 meticais (55,4 mil dólares, ao câmbio corrente) a AADCS desenvolve as actividades do ´O Nosso Futuro Brilhante´ financiadas pela Counterpart International.

 

Por seu turno, a directora da Educação e Desenvolvimento Humano de Magude, Isabel Fumo, reconhece a necessidade de re-planificar os programas e projectos do governo para ultrapassar os constrangimentos detectados no relatório.

 

“Preocupa-me em grande medida a degradação das salas de aulas, apetrechamento das próprias salas, bem como a falta de professores qualificados na área de necessidades educativas especiais”, disse

 

Isabel Fumo realçou a obrigatoriedade de as salas de aulas terem kits para os primeiros socorros. Além de escoriações que, eventualmente, os alunos poderão contrair nas escolas, os kits para os primeiros socorros, segundo Isabel Fumo, servem igualmente para as raparigas com idade de menstruar porque “essa situação aparece do nada e pode acontecer na escola, então, prontamente a escola deve intervir”.

 

Fez saber que o gestor escolar deve requerer o kit para os primeiros socorros ao sector da saúde. O projecto também visa promover as boas práticas de nutrição, saúde e higiene que conduzirão em melhores resultados nutritivos e melhorar o desempenho dos alunos e famílias moçambicanas.

 

Além de Magude, a Counterpart International, em colaboração com os parceiros Associação PROGRESSO, Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil, e Creative Associates International, ajuda o governo a melhorar a saúde e fortalecer o sistema de ensino primário em 244 escolas incluindo as dos distritos de Manhiça, Moamba e Matutuine, todos na província de Maputo. (AIM)

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As reservas obrigatórias feitas pelos bancos moçambicanos voltaram a crescer em julho, atingindo o máximo histórico acumulado de 258.224 milhões de meticais (3.634 milhões de euros), segundo dados do banco central.

 

De acordo com um relatório estatístico do Banco de Moçambique, o volume destas reservas bateu o recorde anterior, de 257.777 milhões de meticais (3.627 milhões de euros) em junho, sendo ainda a segunda subida mensal consecutiv

 

As reservas obrigatórias dos bancos comerciais no banco central estavam fixadas pelo Banco de Moçambique no coeficiente de 10,5% em moeda nacional e 11% em moeda estrangeira no início de janeiro de 2023.

 

Mas nos primeiros seis meses de 2023 o banco central aumentou por duas vezes o coeficiente, para “absorver a liquidez excessiva no sistema bancário, com potencial de gerar uma pressão inflacionária”.

 

O último desses aumentos aconteceu em junho do ano passado, chegando então a 39% dos depósitos em moeda nacional e 39,5% no caso de moeda estrangeira a ficarem em reserva bancária.

 

Desde o final de dezembro de 2022, quando ascendiam a 62.144 milhões de meticais (873 milhões de euros), o volume das reservas bancárias à guarda do banco central já aumentou mais de 315%.

 

Após o segundo aumento dos coeficientes, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considerou que a decisão tornava ainda mais caro contrair financiamento bancário, essencial numa economia de pequenas e médias empresas, que teriam mais dificuldades.

 

O Banco de Moçambique decidiu em 01 de agosto manter inalterados, em valores máximos, pelo menos até final de setembro, os coeficientes de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, apesar dos apelos dos empresários e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

A decisão foi tomada numa reunião do Comité de Política Monetária (CPMO) do banco central. A próxima reunião do CPMO está agendada para 30 de setembro. O FMI defende a redução dos rácios de reservas, para impulsionar a economia, aconselhando alternativas para absorver excesso de liquidez e a remuneração das reservas.

 

"A redução dos elevados requisitos de reservas é essencial para aliviar as condições financeiras. Embora o sistema financeiro moçambicano apresente um excedente de liquidez estrutural, os aumentos significativos nas reservas obrigatórias em 2023 [de cerca da 10% para 40%] (…) podem ter sido maiores do que o necessário para absorver o excesso de liquidez", lê-se no relatório do FMI da quarta avaliação ao programa de Facilidade de Crédito Alargado, concluído em julho.

 

Os empresários moçambicanos apontaram em 25 de julho um défice de 400 milhões de dólares (358 milhões de euros) em divisas, levando a atrasos nos pagamentos ao exterior, multas e quebras na faturação, e apelaram ao banco central para reduzir o coeficiente de reservas obrigatórias.

 

De acordo com dados da CTA, as necessidades não satisfeitas em importações ou pagamentos ao exterior já "ascendem a 400 milhões de dólares" em 2024, devido a "constrangimentos de liquidez" de moeda estrangeira nos bancos. "No geral, a falta de divisas no mercado tem constrangido o processo de pagamento das faturas com o exterior", sublinhou o vice-presidente da CTA, Zuneid Calumia. (Lusa)

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