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segunda-feira, 29 novembro 2021 11:25

Embaixadora do Reino dos Países Baixos enfatiza necessidade de empoderamento da rapariga e da mulher

Empreendedoras moçambicanas juntaram-se, recentemente, num evento virtual de partilha de experiência e estabelecimento de parcerias no ramo empresarial entre mulheres estabelecidas no mercado. Denominado Lioness Lean In Live Webinar, o mesmo é promovido pela Lionesses of Africa, em parceria com o Standard Bank e a Embaixada do Reino dos Países Baixos em Moçambique.
 
Em representação do Standard Bank, Ana Gunde, directora executiva do Standard Corretores de Seguros, defendeu a necessidade de as empresas, em particular as criadas pelas empreendedoras, estabelecerem parcerias estratégicas no mercado como forma de assegurar a promoção e sustentabilidade dos seus negócios, principalmente num período de incertezas causadas pela pandemia.
 
“As mulheres precisam de se tornar mais resilientes para recuperarmos da crise originada pela Covid-19. Apesar dos desafios, que são muitos, não desistam da jornada e aproveitem esta oportunidade para tornar os seus negócios sustentáveis”, apelou Ana Gunde.
 
Durante o evento, o banco reiterou o seu apoio ao empreendedorismo, com destaque para o feminino, através de iniciativas que dão aos empreendedores a oportunidade de expandir as suas redes de contacto e os seus negócios dentro e fora do País.
 
Foi nesse sentido que a gestora sénior do Africa China Banking no Standard Bank, Tanuja Viriato, apresentou a solução de importação ACTS (Africa China Trade Solution), que permite a importação de matéria-prima para os empreendedores moçambicanos.
 
Através desta solução, cómoda e segura, “o banco auxilia os empreendedores no estabelecimento de contactos, avaliação e comunicação com potenciais fornecedores, sem a necessidade de se deslocar à China, para além de se responsabilizar pelo procurement, logística, seguro e inspecção dos bens requisitados”.
 
Na ocasião, a embaixadora do Reino dos Países Baixos em Moçambique, Henny de Vries, reiterou a necessidade e urgência de se apostar no empoderamento da rapariga e da mulher pois “esta é a chave para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação”.
 
“Investimos no empoderamento económico da mulher através de várias iniciativas, incluindo o empreendedorismo feminino, por isso apoiamos o Lioness Lean in Live Webinar, que contribui para o empoderamento das empreendedoras moçambicanas, por via da promoção de um espaço para partilha de experiência, fortalecendo as redes de contacto, criando capacidades e dando maior visibilidade”.
 
Dirigindo-se às participantes, em particular às aspirantes a empreendedoras, a fundadora e directora executiva da Lionesses of Africa, Melanie Hawken, apelou às mulheres que pretendam abraçar o empreendedorismo a optar por uma área de que gostam e que resolva um determinado problema da comunidade ou do País: “A experiência mostra que as mulheres empreendedoras bem-sucedidas criaram negócios que lhes fazem felizes, por isso considero que a liberdade de fazer aquilo que escolhemos é a melhor coisa do mundo”.
 
Importa realçar que o evento contou com a participação de três oradoras, nomeadamenteTaila Carilho - fundadora do Atelier Taila Carilho, Shaquila António - fundadora da Confeitando com Amoor e Aissa Miglietti Nunes - fundadora da Lil Blip e igual número de expositoras: Andrea Massamba - fundadora da AM Agência de Publicidade e Marketing, Josefa Amélia Massinga - fundadora da Florista Flor Khyathu e da Khyathu Assessoria e Serviços, e Aasiyah Ravate - fundadora da Home Cooking With Love.  
 
Empreendedora há quatro anos, Shaquila António aprendeu a fazer bolos e salgados com a mãe, que também é confeiteira, e viu no aumento da demanda uma oportunidade de empreender: “No princípio, não foi fácil, porque não tinha muitos clientes, e sobravam muitos cupcakes. Por isso, abri uma página no Instagram e comecei a partilhar as imagens do que fazia, e isso ajudou muito. Depois de um ano, as coisas mudaram. Passei a receber muitas encomendas e senti-me muito pressionada. Recebia muitas chamadas e não sabia como lidar com a situação. Isso deu-me muita força para continuar e ensinou-me a trabalhar sob pressão”.(Carta)

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