Enquanto o cartel do cimento reclama uma suposta concorrência desleal protagonizada pela Moçambique Dugongo Cimentos, SA na comercialização do seu produto, a mais nova indústria do cimento do país vai granjeando simpatias e conquistando clientes.
Na passada segunda-feira, a Universidade Pedagógica de Maputo comunicou aos seus funcionários ter estabelecido uma parceria com a empresa Amaterazo – uma das revendedoras oficiais do cimento produzido pela Dugongo – com vista a vender o cimento da Dugongo aos trabalhadores daquele estabelecimento do ensino superior ao preço real da fábrica, fixado em 190 e 220 Meticais, o de 32,5 e 42,5, respectivamente.
“A empresa Amaterazo, uma das revendedoras oficiais da Dugongo, sob lema «vamos construir», em parceria com a UPM [Universidade Pedagógica de Maputo], vem por esta vender cimento a todos os funcionários da Universidade Pedagógica ao preço real da fábrica. 32.5 a 190 MT e 42.5 a 220 MT”, refere a nota.
“Para todos que precisarem de cimento, irá se fazer uma lista com nomes de cada funcionário e quantidade de cimento que desejar”, esclarece o documento a que “Carta” teve acesso.
Inaugurada no passado dia 26 de Maio, a fábrica de cimento da Dugongo, implantada no distrito de Matutuine, província de Maputo, já deixou em êxtase os concorrentes, que a acusam de concorrência desleal ao vender o cimento muito abaixo dos preços por si praticado.
Refira-se que, a nível do mercado, o cimento é vendido entre 220 e 255 Meticais. Aliás, os preços praticados pela Dugongo influenciaram a baixa do preço do cimento no mercado, havendo já fabricantes que comercializam aquele material de construção civil abaixo de 200 MT à boca da fábrica, como é o caso do cimento bufalo, produzido pela Africa Cement Company. (Carta)