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quarta-feira, 03 junho 2020 05:31

Tribunal condena dois camponeses por caça furtiva no Parque Nacional das Quirimbas em Cabo Delgado

Dois camponeses residentes nos arredores do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), na província de Cabo Delgado, foram condenados a seis anos de prisão efectiva, acusados de praticar caça proibida. Em causa está o facto de terem sido encontrados na posse de 60 Kg de carne de elefante, em Maio de 2019.

 

A sentença foi proferida na quarta-feira passada, 27 de Maio, pelo Tribunal Judicial da Província de Cabo Delgado (TJPCD). Segundo o Tribunal, os dois camponeses foram condenados a seis anos de prisão e não entre 12 a 16 anos de prisão efectiva, tal como recomenda a Lei, pelo facto de não terem sido encontrados com os troféus do animal.

 

A sentença não foi do agrado das autoridades do PNQ, representadas por Assane Mussa, Chefe da Fiscalização, que considerou reduzida a pena aplicada aos dois arguidos. Entretanto, Assane Mussa disse que não restava mais nada que se conformar com a sentença, pois, vai servir de lição para outros grupos que praticam a caça furtiva e à população que, em algum momento, pode querer fazer o mesmo.

 

Aos condenados, o Juiz do processo, Geraldo Patrício, disse: “vocês até podiam ter consumido a carne do elefante abatido, que era avaliada em 120 mil Mts e por não ter sido provado que abateram o elefante, mas antes deviam ter denunciado o caso às autoridades do Parque”.

 

Geraldo Patrício avançou que as autoridades do Parque é que decidem sobre o destino a dar aos animais protegidos por Lei e abatidos ilegalmente. Esta é a segunda condenação ligada à caça proibida em Cabo Delgado no presente ano. Em Fevereiro, o mesmo Tribunal condenou três caçadores furtivos a 12 anos de prisão efectiva, também detidos no PNQ. (O.O.)

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