Desindustrializado no quadro de um processo de transformação económica que colocou o Estado como principal actor do sector produtivo, a transição para a economia de mercado não acarinhou a esperada reindustrialização, e Moçambique continua a ser maioritariamente uma economia de serviços e, cada vez mais, de renda.
O empresário Amade Camal, com seu Grupo SIR, é um dos poucos aventureiros que tenta navegar contra a maré pesada da hesitação e da falta do carinho fiscal do Estado, empurrando sua produção industrial para bom porto.
Há poucos anos, ele abraçou a antiga Cometal-Mometal, uma Metalomecânica então falida. Agora apenas COMETAL, a empresa tem fornecido atrelados para viaturas de variada tonelagem. O que não é propriamente uma novidade.
A grande novidade é que amanhã o Grupo SIR vai fazer a entrega de um super-atrelado, encomenda da Tropitex/Tropigália.
Mas, afinal, qual é o segredo do SIR?
“O SIR maximiza as oportunidades e prioriza a formação de recursos humanos nacionais de forma a ter sustentabilidade”, diz ele.
A empresa COMETAL, localizada na Machava-Sede, na Matola, é a maior metalomecânica do país e uma das cinco maiores da região austral de África. Sua vocação é a produção de vagões, equipamentos agrícolas, contentores e infraestruturas móveis.
Para além da entrega do super-atrelado, a COMETAL vai inaugurar amanhã a “operacionalização de uma linha de montagem de motorizadas”, com a presença de Silvino Moreno, o Ministro da Indústria e Comércio.(Carta)