O serviço de educação na província de Inhambane cancelou a prova final de Língua Portuguesa, realizada recentemente na Escola Secundária de Massinga, por apresentar conteúdos ofensivos à ética e moral. Trata-se de uma ACP da 12ª classe cujo conteúdo “viralizou” nas redes sociais, tudo por conta do texto que relatava algumas situações vividas nos últimos anos e que denigrem a imagem do Presidente da República, Filipe Nyusi.
O alerta para o conteúdo desta avaliação foi dado por alguns professores encarregues de controlar os alunos na sala de aulas que, mesmo com estranheza, realizaram a prova.
Nas vésperas da realização desta avaliação, a escola tinha duas variantes, sendo que nenhuma foi realizada, uma vez que o delegado da disciplina tinha elaborado outra prova, de forma paralela e à revelia dos colegas e membros da direcção. Informações da escola apontam que o delegado tratou de multiplicar a prova problemática sem conhecimento dos seus colegas e entregou faltando poucos minutos para a sua realização.
Entretanto, ao “Noticias”, o director de educação em Massinga, Roberto Zunguze, disse desconhecer as motivações do professor ao distribuir conteúdos nocivos ao processo de ensino e aprendizagem. Por outro lado, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e a Inspecção da Educação dirigiram-se à escola para auscultar o professor que elaborou a prova, tendo se constatado que é membro da RENAMO e especula-se que tenha feito um aproveitamento político para denegrir o Presidente da República. (Carta)