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terça-feira, 02 maio 2023 07:53

Primeiro-Ministro do Japão visita Moçambique: governo nipónico vai oferecer um navio de vigilância e equipamento de navegação aérea

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A oferta está orçada em mais de 23 milhões de dólares, anunciou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo. No âmbito do entendimento, Tóquio vai fornecer um navio de vigilância, ainda em construção, avaliado em 830 mil dólares, e equipamento de navegação aérea, estimado em 22,5 milhões de dólares, afirmou a chefe da diplomacia moçambicana.



“Manifestamos o nosso profundo apreço ao povo e Governo do Japão pelo contínuo apoio aos esforços de desenvolvimento económico e social de Moçambique e renovamos a nossa vontade de ver cada vez mais reforçadas as relações de amizade e cooperação”, disse a ministra.



O acordo prevê o fornecimento de rádios de comunicação terra-ar, viaturas de combate a incêndios, drones, estações meteorológicas aeroportuárias e simulador de controlo de tráfego aéreo. Será igualmente implementado um vasto programa de formação do pessoal de operações, nomeadamente, controladores de tráfego aéreo e os quadros da área de manutenção



Para reforçar este relacionamento, o Primeiro-Ministro japonês, Fumio Kishida, visita amanhã Moçambique, onde será recebido pelo presidente Filipe Nyusi. Kishisa começou no Egipto uma digressão por África, que irá terminar em Moçambique, e que tem como objectivo estreitar as relações entre Tóquio e o continente.



Na primeira viagem oficial ao estrangeiro desde que tomou posse, em Outubro de 2021, Kishida reuniu-se com o Presidente egípcio Abdel Fattah al Sisi, no domingo, tendo seguido ontem para o Gana, para participar numa cimeira com o Presidente Nana Akufo-Addo.



Kishida desloca-se hoje a Nairobi para um encontro com o Presidente queniano William Ruto e amanhã, o líder japonês reúne-se em Maputo com o Presidente Filipe Nyusi.



Esta é a primeira viagem à África de um chefe do executivo japonês desde 2014 e acontece um mês antes da reunião do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) na cidade de Hiroshima, no sul do Japão.



“Queremos expor a nossa determinação, no quadro do G7, em manter e fortalecer uma ordem internacional livre e aberta, baseada em regras”, disse o porta-voz do Governo japonês, Hirokazu Matsuno, numa conferência de imprensa na sexta-feira. Muitos dos países em desenvolvimento, incluindo nações africanas, evitaram tomar uma posição quanto à invasão russa da Ucrânia ou demonstraram mesmo apoio a Moscovo.



Após o périplo africano, Kishida fará uma escala em Singapura, onde vai manter encontro, a 05 de Maio, com o primeiro-ministro Lee Hsien Loong. Ambos abordarão o aumento das tensões regionais e especificamente no Estreito de Taiwan e na península coreana, segundo fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão. (Carta)

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