A antecipação do diagnóstico e tratamento das crianças de mães seropositivas permitiu que a mortalidade reduzisse em 67 por cento, avança um estudo a decorrer em Moçambique e Tanzânia.
Divulgado pela Lusa, os resultados do estudo apresentado na última sexta-feira, numa sessão sobre o HIV-Sida e Tuberculose no 6º Congresso Nacional de Medicina Tropical em Lisboa, envolveu 6 mil mães seropositivas e os respectivos recém-nascidos residentes em Moçambique e Tanzânia, países considerados com maior prevalência desta doença.
A equipa deste projecto liderada pelo vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, diz que os resultados foram animadores, uma vez que, após análise do diagnóstico feito no primeiro dia após o nascimento das crianças e imediatamente seguido de tratamento anti-retroviral dado pelas enfermeiras, foi possível diminuir a mortalidade em 67 por cento, sendo que o primeiro foi realizado 20 horas após o nascimento e o segundo três horas depois.
Apesar de contarem com uma transmissão de mãe para filho na ordem de 4 por cento esta foi de 1.9 por cento em Moçambique e 0,7 por cento na Tanzânia. Outro factor prende-se com a questão do vírus resistente ao tratamento aplicado, presente em 30 por cento das mulheres e transmitido aos filhos. Isto ocorre pelo facto destas mulheres receberem medicamentos mais antigos e mais baratos, ao contrário dos actuais que são muito bem-sucedidos e sem resistência para as mães e as crianças. (Lusa)