As pontes telescópicas, também designadas por mangas, pontes de embarque (jet bridge ou jetway, em inglês), instaladas no Aeroporto Internacional de Maputo, não funcionam há mais de quatro anos. Esse facto apoquenta os passageiros, além da falta de sistema de refrigeração no recinto, cuja reparação foi prometida semana finda, para dentro de seis meses, pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, e pelos gestores da empresa Aeroportos de Moçambique (ADM), no montante de 2.5 milhões de USD.
Entretanto, a reparação das duas pontes de embarque ou desembarque instaladas no terminal doméstico do Aeroporto Internacional de Maputo é prometida pelos gestores dos ADM, desde princípios de 2021. Sem aqueles dispositivos mecânicos reguláveis e fechados, que fazem a ligação entre o terminal de aeroporto e o avião, a entrada e saída dos passageiros é feita sem a total segurança, pois o processo é afectado por situações climáticas adversas, como calor intenso, vento ou chuva.
Em finais de 2018, “Carta” fez uma visita ao local, mas as mangas não estavam a funcionar. Em Setembro de 2020, uma equipa do Jornal fez uma viagem à província de Tete, de um Boeing 737. Era um dia de sol escaldante. Ainda assim, a equipa e demais passageiros não utilizaram as pontes, pois estavam avariadas.
Esta segunda-feira (30), contactamos duas fontes que viajam com frequência e disseram-nos, em anonimato, que até este Janeiro que termina hoje as mangas continuam um “elefante branco”. Para saber da reparação, entramos em contacto com o Porta-voz dos ADM, Saíde Júnior, mas até ao fim do dia mostrava-se indisponível a prestar qualquer esclarecimento, nem por chamada, nem por mensagem, alegadamente por estar fora do país.
Entretanto, em Abril de 2021, em entrevista exclusiva ao Jornal sobre vários assuntos dos Aeroportos, ele disse que a empresa tinha contactado especialistas chineses para reparar as mangas, mas se até agora não funcionam é porque (depreende-se) que ainda não vieram.
Enquanto não se reparam as pontes de embarque, os passageiros (incluindo, ministros, deputados, etc.) continuam expostos ao sol, ou chuva e/ou ventos na hora de embarque e desembarque. (Evaristo Chilingue)