O oficial sénior de comunicação da Força de Defesa Nacional da África do Sul, (SANDF na sigla inglesa) Andries Mahapa, afirmou que qualquer destacamento interno de soldados “não será contra o povo sul-africano”.
O general de brigada Andries Mahapa respondia ao que ele chama de “instrução de advertência” emitida pelo major-general Patrick Dube, comandante da formação de infantaria do Exército da África do Sul. No que foi intitulado, “Instrução de aviso de formação de infantaria do Exército: preparação de forças para apoiar o Serviço da Polícia da África do Sul (SAPS) na repressão de distúrbios no país, não há menção a qualquer acção contra os sul-africanos.
A instrução alerta aos soldados que “a situação na África do Sul está a deteriorar-se gradualmente devido à criminalidade que ocorre dentro das fronteiras”. A nota refere igualmente que isso é exacerbado por uma percepção de falta de acção das forças de segurança para combater a criminalidade.
Respondendo a “um documento nunca destinado ao consumo público”, Andries Mahapa destaca que a “instrução” é interna “destinada a fins de planificação e coordenação”.
Referindo-se aos violentos acontecimentos referidos por Dube, Mahapa afirma que a força de defesa nacional “como parte do aparato de segurança, está preocupada com a insegurança actual” que “requer uma intervenção urgente e mais robusta para acalmar a situação e proteger os cidadãos”.
Ataques fatais em bares, um suposto estupro colectivo, bloqueios de estradas e o despejo forçado e violento de imigrantes ilegais são provavelmente alguns dos que Dube tinha em mente ao emitir ordens para a instrução. (Carta)