O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) recebeu, nesta terça-feira, o prémio “Centro de Interpretación del Paludismo, IV edição” pelo seu trabalho incessante em doenças infecciosas que afectam a população, particularmente, a malária.
A premiação feita pelo Centro de Interpretación del Paludismo, uma organização espanhola localizada no município Losar de La Vera, província de Cáceres, foi atribuído ao CISM por ter desempenhado um papel importante no desenvolvimento clínico da primeira vacina contra a malária, recentemente recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o comunicado a que “Carta” teve acesso, a cerimónia decorreu no âmbito do Dia Mundial da Malária, assinalado no passado dia 25 de Abril. Na ocasião, o Director-Geral do CISM, Francisco Saúte, afirmou que “é uma honra para o CISM receber este reconhecimento, pois as evidências científicas produzidas na Manhiça, ou em outros locais onde implementamos actividades em parceria com instituições e comunidades locais, têm contribuído para a adopção de novas estratégias ou ferramentas para responder a alguns dos desafios de saúde pública enfrentados pelo país”.
Saúte referiu ainda que é com agrado que se nota o crescimento do Centro, assinalando que se trata de um caso de sucesso da cooperação entre os Governos de Moçambique e da Espanha, através do acordo de cooperação técnico-científico entre os dois países.
“É nossa visão para os próximos anos que o CISM continue a contribuir para a formação de líderes científicos, não somente para a sustentabilidade do Centro, como para o país e o mundo”, frisou Saúte.
Por outro lado, Pedro Alonso, co-fundador do CISM, disse: “é emocionante e gratificante ver como, 25 anos após a sua criação, o CISM tornou-se uma realidade e cresceu. Isto significa que conseguimos alcançar os objectivos que nos propusemos alcançar, que era estabelecer um centro de investigação numa zona rural do país que concentrasse três pilares importantes e complementares nomeadamente: a geração de conhecimento através da investigação dos problemas de saúde prioritários para as populações, o fortalecimento do capital humano através de formação técnica de investigadores do país, e a assistência sanitária às comunidades do distrito de Manhiça”.
Refira-se que este prémio é entregue anualmente desde 2019 pelo Centro de Interpretación del Paludismo com propósito de homenagear personalidades e instituições que diariamente envidam esforços na busca de soluções contra doenças. (Marta Afonso)