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quarta-feira, 04 agosto 2021 07:45

Despesa pública disparou em 12% no primeiro semestre de 2021

A despesa pública moçambicana continua a disparar, apesar dos constantes discursos sobre a necessidade de contenção, sobretudo num período em que o país enfrenta uma crise económica provocada pelo escândalo das dívidas ocultas e agudizada pelos ataques terroristas e pela pandemia da Covid-19.

 

Dados avançados esta terça-feira pelo porta-voz do Conselho de Ministros, à saída da 27ª Sessão Ordinária do órgão, indicam que, durante o primeiro semestre deste ano, a despesa pública atingiu 165.852,9 milhões de Meticais, depois de no mesmo período de 2020 ter-se fixado em 141.873,2 milhões de Meticais, o que representa um crescimento real de 12%.

 

Segundo Filimão Suazi, a despesa realizada entre Janeiro e Junho de 2021 corresponde a 45% do Orçamento do Estado previsto para o presente ano, enquanto a executada nos primeiros seis meses de 2020, correspondeu a 41,1% do Orçamento planificado para aquele ano.

 

De acordo com a fonte, nos primeiros seis meses de 2021, o Estado conseguiu arrecadar uma receita de 127.421,7 milhões de Meticais, correspondente a 48% da meta anual, contra os 110.206,4 milhões de Meticais colectados no mesmo período de 2020, o que correspondeu a 46,8% da meta de 2020. Ou seja, houve um crescimento nominal de 15.6%.

 

No balanço feito ao desempenho do Governo no primeiro semestre de 2021, o vice-Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos revelou que o Executivo não conseguiu implementar com sucesso o Plano Económico e Social (PES) previsto para este período.

 

Sem detalhar, Filimão Suazi afirmou que, dos 356 indicadores programados, apenas 48% (171) alcançaram a meta, enquanto 21% (73) alcançaram parcialmente a meta e 31% (112) não alcançaram a meta prevista para Janeiro-Junho deste ano. A inflação situou-se, em média, em 4.16%, estando abaixo dos 5% previstos para 2021.

 

Questionado sobre o futuro (próximos seis meses) do país, tendo em conta a realidade descrita no Relatório de Execução Orçamental, Suazi disse: “as perspectivas de crescimento económico são promissoras”. (Carta)

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