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terça-feira, 06 julho 2021 13:43

Moçambique regista "potencial" das novas áreas de prospeção de petróleo e gás

O ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela, disse à Lusa que as novas áreas de prospeção de petróleo e gás em Moçambique estão a dar sinais preliminares de potencial para exploração.

 

"Existem alguns prospetos [sinais] do potencial de recursos", disse Max Tonela em declarações à Lusa, nomeadamente no que respeita a dados de "análise e informação sísmica recolhida até ao momento".

 

Tonela avançou que as empresas concessionárias das novas áreas de pesquisa deverão abrir os primeiros furos até ao final deste ano e já realizaram investimentos superiores aos impostos pelos contratos assinados com o Governo moçambicano.

 

"As companhias estão a fazer [investimentos] para além daquilo que estava previsto, em termos de volume de informação sísmica", acrescentou.

 

As limitações impostas no quadro da prevenção da covid-19 e consequentes implicações na mobilidade de técnicos, prosseguiu, impediram maiores avanços nos trabalhos.

 

As licenças de prospeção ao largo da costa central e norte de Moçambique estão atribuídas a consórcios que envolvem as petrolíferas ExxonMobil, ENI, Rosneft e Qatar Petroleum, além da estatal Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).

 

Moçambique já detém reservas de gás natural que estão entre as maiores do mundo, na bacia do Rovuma, norte do país, e dispõe igualmente de jazidas em exploração na província de Inhambane, região sul.

 

O projeto do Rovuma, liderado pela Total, era o maior investimento privado em África até ser suspenso em março devido aos ataques armados em Cabo Delgado, norte do país - alguns reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.

 

No final de junho, o ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique reiterou num fórum de negócios da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) a aposta nos hidrocarbonetos, comentando preocupações face ao crescente movimento contra a poluição causada pelos combustíveis fósseis.

 

Max Tonela considerou que o gás é, entre as energias fósseis, a que menos polui e que se afirma como plataforma de transição energética para energias limpas.

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