O Banco Nacional de Investimento (BNI) já desembolsou, para diferentes projectos eleitos, mais de 9.4 milhões de USD, no âmbito das duas linhas de financiamento para o apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, severamente afectadas pela crise pandémica, revela o terceiro relatório do Ministério da Economia e Finanças (MEF), sobre o “Ponto de Situação dos Compromissos com os parceiros no âmbito da Covid-19: Posição de Outubro”.
Para atender às preocupações das empresas, o informe do MEF lembra que o BNI criou o Comité de Crédito Especial de avaliação e aprovação de propostas de projectos para financiamento no âmbito das duas linhas de crédito, uma no valor de 15 milhões de USD, financiado pelo Orçamento de Estado e outra no montante de 9 milhões de USD financiados por fundos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Com base naqueles valores que totalizam 24 milhões de USD (verifica-se um aumento de verba na linha de crédito financiada pelo INSS), o MEF refere que o Comité de Crédito Especial aprovou 151 propostas de projectos de todo o país no valor de 18.9 milhões de USD, equivalente a cerca de 1.2 mil milhões de Meticais, ficando um remanescente por alocar (de ambas linhas) de cerca de 5 milhões de USD, equivalentes a 335 milhões de Meticais.
“Do montante das propostas aprovadas, mais de metade já foi desembolsado aos beneficiários”, lê-se no relatório. É com base nesta informação que se conclui que, até Outubro último, o BNI já financiou a diversos projectos eleitos em mais de 9.4 milhões de USD.
No informe, o MEF esclarece que as propostas aprovadas cujo valor ainda não foi desembolsado, o BNI está à espera dos próprios proponentes para apresentarem os documentos necessários à contratação.
Lembre-se, 925 empresas concorreram para obter apoio, no âmbito das linhas de financiamento em questão. Dessas firmas, infelizmente apenas 151 propostas (conforme referido) foram aprovadas. Desse universo, o sector do comércio destacou-se com 30%, seguido pela pecuária 22%, indústria, 8%, agricultura e educação, 6%, e turismo 4%. (Evaristo Chilingue)