Aos Contabilistas e Auditores de Moçambique, o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, exige maior transparência, responsabilidade e ética na preparação dos relatórios financeiros, contribuindo, deste modo, para a melhoria do ambiente de negócios, defesa do interesse público, bem como para uma maior confiança dos investidores estrangeiros.
Numa cerimónia em que procedia à inauguração da Academia de Formação da Ordem dos Contabilistas de Moçambique (OCAM), Maleiane afirmou que a instituição de ensino deve, igualmente, ser uma base para o necessário treinamento dos contabilistas e auditores em toda a sua dimensão, contribuindo para elevar os índices de desempenho do sector público, na orçamentação e controlo da despesa pública, bem como na harmonização dos sistemas contabilísticos.
O apelo do Ministro acontece numa altura em que se multiplicam opiniões das firmas de contabilidade e auditoria reprovando relatórios e contas de muitas instituições públicas. O caso mais recente é o da reprovação das demonstrações financeiras do ano económico de 2018, do Banco de Moçambique, pelo auditor PWC, alegadamente porque o regulador do sistema financeiro moçambicano não consolidou as demonstrações financeiras da subsidiária Kuhanha – Sociedade Gestora do Fundo de Pensões do Banco de Moçambique (quiçá pelo investimento não rentável de 11.7 biliões de Meticais no Moza Banco), numa clara violação das Normas Internacionais de Relato Financeiro. (E.C.)