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terça-feira, 16 junho 2020 08:25

BNI entende que 1 bilião de Mts é insuficiente para financiar PME

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Nacional (BNI), Tomás Matola, é da opinião que o financiamento de 1 bilião de Meticais, recentemente anunciado pelo Governo para apoiar as Pequenas e Médias Empresas (PME) afectadas pela crise pandémica, é insuficiente e acredita que pode criar insatisfação por parte dos empresários. Todavia, afirma tratar-se de um esforço possível que o Governo pode fazer, em plena crise provocada pela Covid-19.

 

O anúncio da disponibilização, através do BNI, da linha de crédito de 1 bilião de Meticais, a ser concedida em condições concessionais a favor do sector empresarial nacional, foi feito pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, discursando na Assembleia da República, a 15 de Maio passado, durante a sessão de informações do Governo.

 

Quase um mês, “Carta” interpelou o PCA do BNI para saber, em que estágio está a preparação da linha de crédito, as condições para acesso, bem como aferir a opinião da administração daquele banco estatal sobre o impacto do financiamento para o sector empresarial, olhando para a quantidade de PME afectadas pela pandemia.

 

Matola explicou que o BNI desenhou e já submeteu para apreciação e aprovação pelo Ministério da Economia e Finanças, o modelo operacional. “Assim, esperamos pela aprovação. As condições serão, brevemente, tornadas públicas numa conferência de imprensa”, afirmou o nosso interlocutor, assegurando também que o crédito terá uma taxa de juro abaixo dos 10%.

 

Entretanto, cientes de que há muitas empresas afectadas pelos efeitos da Covid-19 – por exemplo, o Ministério do Trabalho e Segurança Social reportou, há duas semanas, que perto de 800 empresas (abrangendo quase 3 mil trabalhadores) estão afectadas pela crise e, do total, 18 faliram – questionamos o nosso entrevistado, em que medida a linha vai satisfazer a quantidade de negócios afectados.

 

Matola respondeu que 1 bilião é, em verdade, insuficiente. Como consequência, acrescentou que o BNI não vai conseguir corresponder às necessidades de todos e “isto pode gerar insatisfação por parte de alguns empresários”. Embora entenda que o montante é insuficiente, o PCA do BNI disse tratar-se de um financiamento à altura do Governo. (Evaristo Chilingue)

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