A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) reinicia, a 02 de Junho de 2020, a operação de voos da rota Maputo-Lisboa-Maputo, informou, na manhã de ontem, em Maputo, o Director-geral daquela companhia pública, João Pó George.
Falando em conferência de imprensa sobre a operação, Pó George explicou que, com a retoma, por semana, serão realizados três voos nocturnos em cada percurso, sendo às segundas, quartas e sextas-feiras de Maputo para Lisboa e às terças e quintas-feiras e aos sábados, de Lisboa para Maputo.
“Com estas ligações, pretendemos oferecer um serviço personalizado que responde às necessidades de viagens de negócios, actividades académicas, de turismo e lazer que incluem a envolvente desportiva, o intercâmbio histórico-cultural, o reencontro entre famílias, amigos, colegas ou, simplesmente, uma visita a Moçambique ou Portugal”, afirmou Pó George.
Em verdade, três meses após anúncio pelo Presidente da República, Filipe Nysui, durante uma visita a Portugal – efectuada em Julho passado – em Outubro, a LAM marcara para 31 de Março de 2020 o regresso de voos da companhia para Lisboa, oito anos depois de ter sido banida do espaço europeu, junto de outras companhias moçambicanas.
Durante a conferência, Pó George explicou que o adiamento se deveu à consecução tardia (há quatro dias), da permissão para aterragem no aeroporto de Lisboa, devido ao maior tráfego. “Conseguimos [a permissão] há cerca de quatro dias e, por isso, nós não vamos começar em Março, senão em Junho para darmos tempo de vender confortavelmente [os bilhetes] com vista a ter os voos com a ocupação que nós desejamos”, afirmou Pó George.
Conforme o Chefe do Departamento de Marketing da LAM, Adil Ginabay, explicou aquando do anúncio em Outubro passado, a companhia de bandeira regressa à Europa, em parceria com a Hi Fly, uma empresa aérea privada portuguesa, que tem a sua base operacional no Aeroporto de Beja.
Nesta parceria, a Hi Fly deverá disponibilizar uma aeronave Airbus A330-200, com capacidade de 269 lugares, sendo 251 na classe económica e 18 na executiva e a sua respectiva tripulação técnica (Piloto e Co-Piloto), enquanto a LAM irá oferecer, na totalidade, os seus serviços de bordo. No que toca à tripulação de cabine, as duas companhias terão 50 por cento cada dos seus operadores.
Embora a sustentabilidade da operação seja questionada, Pó George reafirmou, na ocasião, que a LAM entra no negócio segura do sucesso, devido à demanda. (Evaristo Chilingue)