A norte-americana Occidental, nova detentora dos activos da Anadarko, garante estar fortemente comprometida com o desenvolvimento do projecto da Área 1 da bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, pelo que não irá alterar a direcção e nem o cronograma definido, durante o período em que for proprietária deste.
Num comunicado de imprensa enviado à nossa Redacção, na manhã desta sexta-feira, pela Anadarko Moçambique Área 1, a Occidental assegura que irá dar continuidade ao projecto iniciado na bacia do Rovuma, distrito de Palma, enquanto aguarda a transação dos activos à francesa Total.
Lembre-se que a petroquímica norte-americana, que no passado dia 08 de Agosto adquiriu a totalidade das acções da Anadarko Petroleum Corporation no valor de 55 mil milhões de USD, anunciou, no passado dia 03 de Agosto (cinco dias antes da compra da concorrente norte-americana) a venda dos seus activos em África para a francesa Total, que incluem os da bacia do Rovuma, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado.
De acordo com a nota enviada pela AMA1, a transacção dos activos da Occidental para a Total deverá ser concluída imediatamente após a recepção de todas as aprovações necessárias. O documento sublinha que a operação não terá impacto adverso nos negócios da AMA1.
Segundo a Directora Executiva da Occidental, Vicki Hollub, citada no comunicado, durante as discussões com o seu homólogo da Total, Patrick Pouyanné, este expressou o forte compromisso da petroquímica francesa para com o projecto e de construir sobre as “bases sólidas estabelecidas pela Anadarko”, pelo que “estou confiante que a estreita parceria que a Anadarko estabeleceu com Moçambique irá continuar e tornar-se-á mais forte”, afirmou a executiva norte-americana.
Por sua vez, o Director da Total, Patrick Pouyanné, também citado no documento, afirma que o projecto Mozambique LNG “encaixa-se perfeitamente na nossa estratégia e nas nossas competências”, por isso, “tenham, por favor, certeza do compromisso da Total em trazer o melhor das nossas capacidades humanas, técnicas e financeiras para fortalecer ainda mais a execução do projecto”.
Lembre-se que no passado dia 05 de Agosto, o Presidente da República lançou a primeira pedra para a construção da Fábrica de Liquefação de Gás Natural, um projecto a custar 23 mil milhões de USD. O início da produção está agendado para 2025. (Carta)