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quarta-feira, 14 agosto 2019 06:36

Economist Intelligence Unit melhora previsão de recessão para 0,5% em Moçambique

A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) melhorou a previsão de recessão económica para Moçambique este ano, antecipando agora um crescimento negativo de apenas 0,5% este ano e uma expansão de 3% no próximo ano.

 

"Os ciclones no princípio do ano causaram estragos à infraestrutura, construções, portos e agricultura, o que pesará no crescimento do país neste e no próximo ano", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.

 

Numa nota sobre a economia de Moçambique, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas antecipam "uma contração de 0,5% em 2019, antes de uma recuperação em 2020, com um crescimento de 3%", o que fará com que o crescimento real do PIB acelere para uma média de 5,6% entre 2021 e 2022.

 

As previsões dos analistas são consideravelmente melhores do que as feitas no final de junho, quando previam uma recessão de 2,2% este ano e um crescimento de 2,7% no próximo ano.

 

"A indústria do gás será provavelmente o maior motor da expansão económica, com as americanas ExxonMobil e a Anadarko a planearem grandes centrais de exportação de gás natural, e a Eni a construir uma central equivalente ao largo da costa", argumentam os analistas.

 

Do ponto de vista político, a análise da EIU salienta o domínio das eleições presidenciais e parlamentares em 15 de outubro e as negociações de paz entre os dois principais partidos políticos no país.

 

"A Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique], partido no poder, vai ter de conseguir suplantar as frustrações dos eleitores sobre o alto nível de desemprego e as limitadas oportunidades económicas, com a política orçamental a continuar a tentar aumentar os padrões de vida para estancar estas tensões", escrevem.

 

A Frelimo, dizem, "vai continuar a exercer o seu domínio do espaço político e a sua influência sobre as instituições estatais e a comunicação social vai ser uma vantagem" e, por isso, esperam que vença as eleições de outono. (Lusa)

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