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quinta-feira, 08 agosto 2019 06:29

Salim Valá diz que venda das acções da CDM constitui a maior operação de financiamento através da BVM

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, disse ontem (7), em Maputo, durante a Sessão Especial de Bolsa, que a Oferta Pública de Subscrição (OPS) da Cervejas de Moçambique (CDM) constitui a maior operação de financiamento através da BVM.

 

Trata-se da OPS representativa de 30.190 por cento do capital social da Cervejas de Moçambique (CDM), S.A., que decorreu entre os dias 22 de Julho e 05 de Agosto do ano em curso.

 

Segundo Valá, a OPS na BVM, lançada pela CDM, para uma emissão que se estimou de 36.762.972 novas acções, a um preço de 212.00 MT, veio a registar uma procura total por parte dos investidores que ascendeu a 45.771.294 novas acções, mostrando que a relação Procura - Oferta foi de 124.5 por cento.

 

Para Valá, o resultado da operação significou que os accionistas da CDM responderam assim ao desafio que lhes havia sido lançado de terem a capacidade de subscreverem as novas acções, pelo que dos 2.118 accionistas registados da Cervejas de Moçambique, foram suficientes para garantir a totalidade da subscrição os 251 accionistas participantes, representativos de 11.85 por cento da estrutura accionista.

 

O PCA da BVM destacou que, ao lançar o seu segundo (primeiro em 2012) aumento de capital social pela emissão de novas acções, através da modalidade de OPS, a CDM vem reforçar o papel do mercado de capitais na economia moçambicana, com a maior operação de financiamento via Bolsa de Valores: mais de 7.993 milhões MT, o equivalente a 125 milhões USD.

 

“E quis fazê-lo recorrendo à captação da poupança de seus accionistas, para ser usada em investimentos empresariais em Moçambique”, sublinhou o gestor.

 

Valá destacou, igualmente, que a CDM é a mais antiga (foi a primeira a ser listada na BVM em 2001) profícua das empresas cotadas na vossa Bolsa de Valores, com maior peso na capitalização bolsista (ou seja, 23.2 por cento) detendo uma pegada singular e sinais marcantes da sua presença e impacto no mercado de capitais moçambicano.

 

Face à aposta da CDM pela Bolsa, Valá concluiu, questionando: “Se uma empresa do porte da CDM financia-se por via da BVM, porque outras empresas cujo acesso e condições de financiamento representam o seu ‘calcanhar de Aquiles’ não optam por explorar esta alternativa de financiamento?” (Evaristo Chilingue)

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