Em entrevista à “Carta”, à margem da Conferência Internacional de Transporte Aéreo, Turismo e Carga (CITA), que termina esta quarta-feira, referiu: “as companhias têm de retirar muitas gorduras para que o preço do bilhete seja baixo”.
Segundo De Abreu, há uma fórmula para o cálculo de tarifas e, exemplificando, afirmou que uma viagem de Maputo a Beira (ida e volta) custaria em média 60 USD, um valor (que de acordo com o câmbio do dia, corresponde a 3660 Mts) muito abaixo do praticado pelas companhias que actualmente operam no país.
“Se não retiram as gorduras, ou não façam o tamanho certo para poderem baixar os preços, vai ser um bocado complicado e essas companhias que não tiverem a capacidade de o fazer vão ser penalizadas”, acrescentou a fonte.
A penalização, prosseguiu o PCA do IACM, consistirá em “alguém aparecer a dar preços competitivos e as pessoas vão voar nessas companhias, porque todas as três companhias que estão aqui não praticam preços iguais”.
Se a solução reside em novas companhias que venham praticar novos e baixos preços, depreende-se que o transporte aéreo ainda vai continuar caro até pelo menos 2022, o ano em que o IACM vai lançar novo concurso (visto que conforme a legislação devem ser de cinco em cinco anos) para admitir novas operadoras ao país. (Evaristo Chilingue)