O Presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, diz que o processo de subscrição para a compra, pelos moçambicanos, dos 2,5 por cento (um terço do total de 7,5 por cento) de acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), está a decorrer conforme previsto.
Iniciada a 17 de Junho passado, a subscrição termina a 12 de Julho corrente. “A Oferta Pública de Venda está a correr devidamente, conforme esperado”, disse Valá na última sexta-feira (28 de Junho) à margem do lançamento do livro “Economia Moçambicana Numa Encruzilhada?”, de que é autor.
Entretanto, alegando questões éticas, o PCA da BVM negou dar detalhes sobre o assunto, como é o caso do número de pessoas subscritas.
“Por uma questão ética, não me posso pronunciar, mas depois do período de subscrição, em sessão especial de Bolsa, vamos apresentar os resultados ao público”, garantiu Valá.
Em representação da Comissão Coordenadora da Oferta Pública de Venda de acções da HCB, o Presidente do Conselho Executivo do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), Paulo de Sousa, disse também, e evocando a mesma razão, não ser momento oportuno para tecer comentários a respeito do assunto, sob risco de influenciar a operação.
A subscrição para a compra de acções da HCB é feita através das plataformas disponíveis, nomeadamente, balcões dos bancos intermediários (BCI e Banco de Investimento Global), por uma aplicação parasmatphones e a tecnologia USSD destinada, especialmente, aos cidadãos nacionais que se encontrem nas zonas recônditas e que não tenham conta bancária.
Os 2,5 por cento de acções, que a HCB oferece, nesta primeira fase, correspondem a 686 milhões de acções e cada está a ser vendida através da BVM, a um preço fixo de 3 Meticais (Mts). Das acções disponibilizadas, nesta fase, a maior produtora de energia eléctrica, no país, espera embolsar dois mil milhões de Mts, que se destinarão ao reforço da capacidade financeira da empresa, os seus planos de investimento e crescimento. (Evaristo Chilingue)