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quinta-feira, 30 maio 2024 09:02

Governo já está a pagar dívida às petrolíferas – assegura Director da Puma Energy

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O Director-Geral da Puma Energy Moçambique, Danilo Coreia, assegurou que o Governo já está a pagar a dívida acumulada pelo Estado junto às petrolíferas que importam e distribuem combustíveis líquidos em Moçambique.

 

“Realmente surgiu uma dívida muito grande, tendo se agravado em Março de 2021, por efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O Governo tomou medidas para diminuir a dívida e, neste momento, está de facto a reduzir. A Puma já diminuiu parte considerável da sua dívida, tendo caído de 50 milhões de USD para 14 milhões de USD”, afirmou Coreia.

 

Em conferência de imprensa sobre o relatório de um estudo encomendado pela empresa (que desafia o Governo a melhorar a segurança energética e o desenvolvimento de infra-estruturas), o Director-Geral da Puma disse que se o pagamento da dívida continuar nos moldes actuais e sem subida do preço do petróleo no mercado internacional, a dívida poderá ser totalmente liquidada, a curto prazo.

 

“Nós achamos que, se não houver grandes subidas do preço internacional nos próximos três ou quatro meses, a dívida vai estar resolvida. Isto revela um grande trabalho de colaboração entre o Governo e as empresas nos últimos meses e estamos muito satisfeitos com o processo”, disse a fonte.

 

Na óptica do gestor, o actual processo de pagamento da dívida por parte do Estado não só acontece ao nível da Puma Energy, mas também das restantes petrolíferas. Entretanto, reconheceu que cada caso é um caso.

 

A dívida do Estado às empresas de importação e distribuição de combustíveis em Moçambique já atingiu no passado níveis insustentáveis. Em Abril de 2022 era avaliada em 120 milhões de USD, tendo duplicado um ano depois, de acordo com dados fornecidos pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

 

A insustentabilidade da dívida já levou ao colapso de algumas importadoras. Em Abril de 2022, a Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas disse que a dívida associada ao impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia tinha afectado pelo menos 15 empresas de um universo de 30 empresas filiadas. (Evaristo Chilingue)

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