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Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
terça-feira, 14 novembro 2023 17:58

Nyusi exige companhias de telefonia móvel a melhorarem o combate ao crime cibernético, mas esqueceu-se que a Movitel beneficia da “complacência” do INCM

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou segunda-feira a sua preocupação com o crescente número de casos de burla e fraude através de redes de telecomunicações, e apelou à melhoria dos mecanismos de combate a este tipo de crime. 

 

Nyusi, que falava em Maputo durante a gala do 20º aniversário da empresa de telefonia móvel Vodacom, apelou “ao reforço da segurança e protecção dos utilizadores de telecomunicações, a fim de prevenir ataques cibernéticos e a utilização indevida dos seus dados para fins como burlas, sequestros e outras ações financeiras ilícitas.”

 

O Presidente sublinhou ainda que os operadores de telefonia móvel devem “colaborar com o regulador no sentido de coibir a utilização abusiva de redes sociais que partilham notícias falsas contra a privacidade dos utilizadores com intenções obscuras e por vezes contra os interesses do país onde a Vodacom opera”.  Disse ainda que o governo espera que as três empresas de telefonia móvel existentes no país (Vodacom, Tmcel e Movitel) evitem a colusão de preços, dada a natureza oligopolística do sector das telecomunicações. 

 

Na sua abordagem sobre o combate ao crime cibernético, Nyusi esqueceu-se que a Movitel  faz vista grossa a algumas regras da administração pública municipal e a cláusulas da regulação do  sector, incluindo da concorrência, beneficiando da “complacência” do INCM e da ARC (autoridade da concorrência). (Carta)

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